A Polícia Federal (PF) investiga também um terceiro registro de vacina falso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inserido no sistema do Ministério da Saúde.

De acordo com esse registro, Bolsonaro teria tomado uma vacina da Janssen contra a Covid-19 no dia 19 de julho de 2021 em São Paulo, em uma unidade de saúde do bairro de Peruche, mas foi registrada no sistema mais de um ano depois, em outubro de 2022.

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A CGU acionou a FAB, que organiza as viagens de avião dos presidentes da República, e descobriu que Bolsonaro não estava em São Paulo na data da suposta imunização.

Além disso, o posto de saúde também informou à Controladoria Geral da União (CGU) que o ex-presidente não esteve na unidade para ser vacinado e que, portanto, o registro sobre a imunização com a dose da Janssen, portanto, foi fraudado.

A CGU repassou a informação à PF, que já investigava outros dois registros falsos de vacinação de Bolsonaro, dessa vez em unidades de saúde da cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

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Operação Verine

Na última quarta-feira (3), a PF realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente, no Jardim Botânico, em Brasília, e apreendeu documentos e o celular do ex-presidente.

Além disso, a operação também prendeu alguns de seus seis pessoas ligadas a Bolsonaro, entre elas Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro sob a suspeita de fraudar registros de imunização de Bolsonaro e pessoas próximas.

O esquema envolve a manipulação de dados e inserção de vacina contra a Covid-19 no cartão de vacinas, para atestar, de forma falsa, que houve imunização.

A falsificação teria sido feita para que Bolsonaro e sua equipe pudessem viajar aos Estados Unidos, país que exige o comprovante de vacina de estrangeiros que entram no país.

Em fala aos jornalistas, o ex-presidente voltou a afirmar que não tomou a vacina, após ler a bula da Pfizer e que apenas Michelle Bolsonaro teria se vacinado.