A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) recebeu, nesta terça-feira (23), o plano de trabalho para o colegiado.
O primeiro dia de debates foi marcado por discussão entre parlamentares governistas e da oposição, corte de microfone de deputada, tapas na mesa e troca de acusações.
O deputado tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI do MST, afirmou que a mesa recebeu 129 requerimentos de convocações no curso das investigações da comissão.
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O texto não define de forma concreta os próximos passos da CPI, mas estabelece as diretrizes do trabalho a partir de agora.
Os deputados vão analisar nesta quarta-feira (24) os requerimentos apresentados pelos deputados.
Segundo o presidente da comissão a ideia é intercalar as atividades entre pedidos de parlamentares da oposição e os do governo.
Durante a comissão, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) teve o microfone cortado e criticou a postura do presidente da CPI, quando retomou o momento de fala.
A deputada disse ao parlamentar que as respostas não deveriam ser apresentadas a ela, mas sim à Polícia Federal.
“O senhor ficou prestando depoimento para mim, falando que não participou dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, mas o senhor deve prestar depoimento é para a PF. O senhor vai responder à Justiça por crimes que tentou cometer contra o país”, destacou.
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Já o deputado federal Coronel Zucco afirmou que o colegiado não poderá com “ataques pessoais”.
A fala foi em resposta a Sâmia Bomfim que perguntou sobre a investigação contra Zucco que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto incentivo aos bloqueios antidemocráticos que sucederam a derrota de Jair Bolsonaro.