Os casos de pneumonia e tuberculose provocaram a morte de 240 pessoas no Amazonas somente no primeiro bimestre de 2022.

Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) e abrangem óbitos em Manaus e no interior.

Os dados estão consolidados até 28 de fevereiro.

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Nos últimos três anos, de 2019 até o primeiro bimestre de 2022, o estado registrou 3.011 mortes causadas por pneumonia. A maioria foi registrada na capital amazonense, com um total de 1.865. Em relação a tuberculose, no mesmo período, o amazonas somou 493 mortes. A maioria na capital amazonense, com um total de 323.

Mais de 84% das mortes provocadas pela pneumonia ocorreram em pessoas com 60 anos ou mais.

Mortes por pneumonia

2019: No Amazonas, foram registrados 776 mortes, 433 delas em Manaus;

2020: 844 no Amazonas, 531 das mortes foram em Manaus;

2021: 1.178 mortes no Amazonas, 783 casos em Manaus;

2022: 213 mortes causada por pneumonia no Amazonas, 118 dos registros em Manaus.

 

Mortes por tuberculose

2019: No Amazonas, foram registradas 170 mortes, 109 delas em Manaus;

2020: 148 no Amazonas, 96 delas na capital;

2021: 148 mortes no Amazonas, 101 registros foram em Manaus;

2022: 27 óbitos no Amazonas, 17 deles em Manaus.

 

Causas e tratamentos da pnemonia

A pneumonia é uma doença aguda, tratável e curável. O médico pneumologista David Luniere explica sobre as causas e tratamento da doença.

“A Pneumonia é uma infecção do sistema respiratório inferior e os principais sintomas são tosse, febre, falta de ar, dor e desconforto torácico da localização no pulmão. Essa tosse pode ser seca e/ou com expectoração”, disse Luniere.

Ele ainda lembra que a infecção ocorre em pacientes que se expõem a alguma situação que leva ao desenvolvimento da infecção respiratória, ou tenha pré-disposição relacionada a isso como alguma alteração anatômica no pulmão ou doença prévia.

“Em relação a exposição, pacientes após síndromes gripais que se expuseram a alérgicos, como mofo, poeira, umidade, fumaça, ou pegaram chuva. É muito comum nessa época do ano com incidência com muitas chuvas, pacientes que não se tratam ou não se curam de uma síndrome gripal evoluírem para um pneumonia”, ressalta.

O doutor David Luniere reforça que a pneumonia também oferece riscos a quem teve Covid.

“Pacientes pós-Covid, que ainda tinham em seu pulmão alteração anatômicas devido à injúria causada pela Covid-19 e quando não se cuidavam ou se expunham a situações secundárias. Inclusive, era [a pneumonia] causa número um de reinternação.

 

Prevenção

Normalmente, a pneumonia se instala no trato respiratório debilitado, fragilizado com um infecção prévia, ou uma grande exposição de carga de alérgicos.

A principal prevenção é a vacinação. Hoje já existe a imunização para o pneumococo, seja a conjugada 13 ou a sacarídea. Associada a isso à vacinação contra os vírus gripais. 
 
Realizar atividades físicas regulares e uma boa alimentação ajudam a ter boa imunidade.

Evitar exposição em situações que possam ajudar a pegar de fato uma pneumonia, como passar o dia todo com o corpo úmido e molhado, após uma chuva. Ou ainda trabalhar em lugar insalubre.

A pneumonia é uma doença aguda, tratável e curável. Assim que houver sintomas, a população deve procurar assistência médica.

 

Tuberculose

O enfermeiro epidemiologista Daniel Sacramento explica que a tuberculose pode ser adquirida pelo ar contaminado e qualquer pessoa corre risco.

“A Tuberculose é uma doença transmissível pelo ar. Quando uma pessoa contaminada com a doença, tosse, fala ou espirra, ela joga essa bactérias no ar e a pessoa sadia pode ser infectada”, explica.

O principal sintoma da tuberculose é a tosse por mais de uma semana. Acontece também a perda de peso em pouco tempo, falta de apetite, febre vespertina e suor noturno excessivo.

O diagnóstico é feito por meio de escarro e o resultado sai entre 24 horas a 48 horas.

O tratamento dura no mínimo seis meses, e a pessoa toma antibióticos.

“Não é um tratamento fácil, por conta do tempo, e o paciente precisa de apoio da família, dos amigos e da unidade de saúde para que ela não desista do tratamento. Para poder alcançar a cura, deve realizar o tratamento até o final. Se desistir antes, o paciente não vai estar curado e corre o risco de contaminar outras pessoas”, alerta Daniel.

O enfermeiro conta que uma pessoa que não foi diagnosticada a tempo, ou não fez o tratamento corretamente, é capaz de infectar de 10 a 15 pessoas.

A principal prevenção é ter hábito saudável. Pessoas que tiveram contato com pacientes comprovados com tuberculose devem realizar uma avaliação médica, conhecida como prevenção de infecção latente. 

Isso ocorre quando a pessoa não está apresentando a doença, mas corre o risco de apresentar. E para isso é necessário prevenir com medicamentos. 

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