A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deu fim, nesta quinta-feira (14), a um esquema criminoso e golpista que explorava mulheres através de vídeos íntimos. O grupo se passava por agentes de modelos a procura de novas caras para o trabalho.

A promessa era de que as mulheres (vítimas), seguiriam carreira de modelo com altos cachês em dólar.

Conforme as investigações, que duraram dois anos, os criminosos focavam em mulheres jovens entre 18 e 30 anos, que tivessem forte participação em redes sociais.

As investigações ainda constataram que o esquema golpista não se limitava apenas no DF, mas também, nos estados de Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro.

Sobre o golpe, em detalhes mais precisos, se iniciava quando as mulheres recebiam mensagens de um perfil falso nas redes sociais.

Nas mensagens, o criminoso se identificava como um agente de modelos independente, que estaria verificando a possibilidade da vítima em fazer ensaios fotográficos.

As mulheres aceitavam, sem saber que estavam caindo no golpe, e eram fotografadas normalmente.

Após as fotos, os criminosos entravam em contato para notificá-las sobre um cliente importante que havia se interessado pelo trabalho.

Quando as vítimas aceitavam, se envolvendo ainda mais no golpe, o falso agente avisava que só trabalhariam como modelo para ele caso satisfizessem “seus desejos”, por meio de vídeo chamada.

Após as videochamadas, as vítimas recebiam os vídeos íntimos e procuravam o agente (criminoso), que dizia não ser possível fazer nada.

Além disso, as mulheres recebiam ameaça de divulgação dos vídeos. Com isso, as vítimas transferiam dinheiro para contas laranjas, que faziam parte do golpe.

Ao todo, a polícia cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Ceilândia e no Gama (DF), em Jaboatão dos Guararapes (PE), entre outras.