Os aeroportos do Brasil receberam alerta da Polícia Federal após um estudante de medicina suspeito de estupro ser considerado foragido. Na tarde de terça-feira, 12, a Polícia Civil cumpriu mandados de buscas em endereços do investigado em Manaus e Teresina, mas ele não foi encontrado.

A suspeita de estupro é contra pelo menos sete menores de idade. O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keyko, informou ao G1 que o investigado não foi encontrado para o cumprimento do mandado de prisão preventiva.

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O estudante tem mandado de prisão expedido em 7 de outubro, mas somente nesta terça foram feitas buscas na tentativa de localizar o suspeito.

A defesa do estudante disse que ainda não foi informada formalmente sobre a decisão e não vai se pronunciar no momento.

A mãe de uma das vítimas teve conhecimento do caso de estupro em setembro deste ano e fez a denúncia na Delegacia de Proteção aos Direitos da Criança e do Adolescente (DPCA), que fez o pedido da prisão. O caso está sob sigilo.

 

Início dos crimes

De acordo com a mãe de uma das vítimas, o estudante entrou para a família quando a irmã dela se casou com o pai dele. Na época, ele tinha 8 anos.

“Somos uma família muito unida, fazemos tudo juntos e logo acolhemos ele como sendo da família também”, disse.

Atualmente, a filha dela tem 12 anos e o primeiro abuso aconteceu quando ela tinha cinco anos e o suspeito 15.

“Foi em uma viagem em família, que ele se trancou com ela no quarto do hotel. Desde os seis anos ela faz tratamento psicológico”, relatou.

A mulher disse ainda que os abusos só pararam há cerca de dois anos, quando o rapaz se mudou para Manaus, onde cursa Medicina em uma faculdade particular.

Ela afirmou que ao descobrir sobre o abuso da vítimas mais novas decidiu denunciar os crimes nas redes sociais.

“Não consegui me conter, disse: ‘a gente tem que fazer alguma coisa, ele está vivendo a vida dele normal’. Ele estava indo para a faculdade, sem sofrer nenhuma penalização. As pessoas também precisavam saber quem ele é, que ele é um monstro que roubou a inocência de várias crianças”, declarou.

A família das vítimas espera que o suspeito seja preso.

“A gente quer a prisão preventiva, porque a gente teme que ele fuja. Ele tem condições financeiras, visto para os Estados Unidos e a mãe dele morou muitos anos em Portugal”, afirmou.

O pai do estudante seria empresário e, depois que o escândalo teve início, ele e a madrasta se separaram. 

O suspeito teria confessado o crime por meio de mensagens trocadas com ela por aplicativo de celular.

 

Família em choque

O advogado das vítimas diz que toda a família está em choque porque o estudante era considerado um jovem impecável, educado, respeitador, inteligente e estudioso.

Nas redes sociais, costumava defender rigor contra crimes semelhantes ao que agora é acusado. Dizia que amava as irmãs acima de tudo e que gostaria de levá-las para estudar no exterior.

As mães das crianças reclamam da demora para o andamento do processo e por isso resolveram expor o caso nas redes sociais.

 

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