No início da tarde deste sábado, 18, a Polícia Federal (PF) informou que “remanescentes” do indigenista Bruno Pereira no Vale do Javari, no Amazonas, foram identificados em material recolhido em local que foi apontado por Amarildo da Costa de Oliveira.

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Os peritos conseguiram fazer a identificação por meio de exame da arcada dentária, feito no Instituto Nacional de Criminalística.

Na sexta-feira, 17, a PF divulgou nota para confirmar que Dom Phillips havia sido identificado entre os fragmentos de corpos recolhidos no local apontado por Amarildo.

Segundo a corporação, a confirmação veio a partir de um exame de “odontologia legal combinado com a antropologia forense”.

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Isso significa que os peritos conseguiram comparar os restos mortais com laudos da arcada dentária do inglês, enviados pela família dele.

“Se o prontuário for de qualidade e recente, isso é feito de forma bem eficiente e rápida”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo.

Conforme fontes que acompanham as investigações, após serem mortos, os dois foram queimados antes de serem enterrados, e por isso os corpos não estão em bom estado para serem identificados.

A perícia está sendo feita no Instituto Nacional de Criminalística da corporação, em Brasília.

A confirmação definitiva só deve vir, no entanto, com o exame de DNA, que costuma demorar mais e deve ser concluído na próxima semana.

Em nota, a PF disse que “os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos” seguem em curso.

Leia íntegra da nota da Polícia Federal divulgada:

“A Polícia Federal confirma que os remanescentes do Sr. Bruno Pereira fazem parte do material que passa por perícia no Instituto Nacional de Criminalística (INC). A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal (arcada dentária).
 
Na noite de ontem, 18/06/2022, foi confirmada a identificação de remanescentes do Sr. Dom Phillips por exame papiloscópico (impressões digitais), em complementação a identificação prévia por odontologia legal, combinada com antropologia aorense.
Não existem indicativos da presença de outros indivíduos em meio ao material que passa por exames.

O exame médico-legal, realizado pelos peritos da PF, indica que a morte do Sr. Dom Phillips foi causada por traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica (1 tiro).

A morte do Sr. Bruno Pereira foi causada por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, que ocasionaram lesões sediadas no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro).

Os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, nos próximos dias, serão concentrados nos exames de Genética Forense, Antropologia Forense e métodos complementares de Medicina Legal, para identificação completa dos remanescentes e compreensão da dinâmica dos eventos.”

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