A Polícia Federal abriu um inquérito neste domingo (20) para apurar possíveis ‘crimes de preconceito de raça’ no caso da pesquisadora Samantha Vitena.
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O crime ocorreu contra a mulher na noite de sexta-feira (28) no Aeroporto de Salvador (BA).
A pesquisadora foi retirada de um avião da Gol após ter dificuldade para colocar a mochila no compartimento de bagagens da aeronave e recusar despachar a mala, que continha um notebook.
A apuração será conduzida pela Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia e tramitará em sigilo.
A investigação foi aberta após repercussão sobre vídeo publicado nas redes sociais.
Na gravação, a mulher explica que não queria despachar sua mala porque, se o fizesse, seu laptop ficaria ’em pedaços’.
Segundo a pesquisadora, os comissários não a ajudaram a acondicionar a mochila.
Ela contou com auxílio de um senhor e uma senhora, para os quais aponta no vídeo, relatando que ’em três minutos’, eles conseguiram guardar a mochila.
Samantha segue relatando que três agentes então entraram no avião para retirá-la da aeronave, sem explicar o motivo da ação.
É possível ouvir um dos homens relatando que a medida se deu ‘a pedido do comandante’, mas ele não explica a razão para o fato.
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Após deixar o avião, a pesquisadora teve que assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência sob alegação de que teria ela resistido a ordem policial para ser retirada do avião, segundo o advogado Fernando Santos.
Em nota, a Gol afirmou que havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e ‘muitos clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente’.
“Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”.