A polícia civil do Rio de Janeiro investiga se o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra fez sedações desnecessárias, ou com doses excessivas e que podem ter colocado as vidas das vítimas em risco.

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Além disso, o médico foi preso suspeito de estupro e filmado pela equipe de enfermagem e das denúncias de outras cinco vítimas.

Conforme a Delegacia da Mulher de São João de Meriti, Bárbara Lomba, caso fique comprovada a prática, ele pode responder por outros crimes, inclusive o crime de violência obstétrica.

“Se comprovarmos que houve reiteradamente sedações desnecessárias, ou que em doses excessivas podem ter causado prejuízo às vítimas, um risco, pode haver configuração de outros crimes e vamos avaliar qual seria o tipo penal”, explicou a delegada, que conduz a investigação.

A polícia já questionou ao Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, de quantas cirurgias Giovanni Quintella participou nos dois meses em que trabalhou na unidade.

Segundo um anestesista do hospital da mulher ouvido na segunda-feira, 11, disse que faz em média 90 partos por mês, e que só teve necessidade de aplicar sedação geral em cerca de dois casos. Procedimento diferente do adotado por Giovanni.

“Não se cumpriram certos protocolos a que a mulher tem direito no momento do nascimento do filho, ser atendida numa unidade hospitalar, óbvio que pode ser considerado violência obstétrica”, disse a delegada Bárbara Lomba.

Ainda de acordo com uma profissional da equipe médica do Hospital da Mulher, as mães sedadas por Giovanni tiveram dificuldade de amamentar.

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Prisão preventiva decretada

Também nessa terça-feira, 12, Giovanni Quintella passou por audiência de custódia, na qual teve sua prisão convertida em preventiva – que não tem prazo para expirar.

Após a audiência, ele foi transferido de um presídio em Benfica, na Zona Norte do Rio, para Bangu 8, no Complexo de Gericinó, e onde ficam os presos com curso superior. Giovanni ficará sozinho em uma cela.

 

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