Uma campanha de multivacinação está sendo preparada para o próximo dia 13 de maio e um dos focos é o combate à poliomielite.
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Após a confirmação de um caso de poliomielite no Peru, a campanha de vacinação contra a doença será antecipada no estado.
O caso, ocorrido em dezembro do ano passado e confirmado em março de 2023, foi a 500 km da fronteira com Amazonas e Acre, que intensificaram os alertas de vacinação depois do registro.
Diante do cenário, o governo federal também anunciou a antecipação do início da campanha de multivacinação nos dois estados para maio.
Nos demais estados, a ação deve começar apenas no segundo semestre deste ano.
A campanha é um protocolo que busca ampliar a vacinação, que já fica disponível o tempo todo.
“A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) informa que a vacinação contra poliomielite é obrigatória do calendário básico de vacinação infantil e é ofertada permanentemente por meio dos postos de vacinação coordenados pelas secretarias municipais de saúde”, reforçou a instituição.
Poliomielite
É uma doença contagiosa aguda causada por um vírus capaz de infectar crianças e adultos.
O jeito mais comum de pegar pólio é pelo contato oral com objetos e alimentos mal lavados e água contaminada por fezes de pessoas infectadas.
Isso porque, depois que o vírus entra no organismo, ele se multiplica no intestino e é expelido quando a pessoa vai ao banheiro.
Também existe a transmissão por gotículas que ficam suspensas no ar quando a pessoa infectada fala, tosse ou espirra, mas é menos comum.
A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte.
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Sintomas
- febre
- mal-estar
- dor de cabeça
- dor de garganta e no corpo
- vômitos
- diarreia
- constipação (prisão de ventre)
- espasmos
- rigidez na nuca
- meningite
Na forma paralítica ocorre:
- Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre.
- Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores;
- Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada;
- Sensibilidade conservada;
- Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.
- Prevenção
A vacinação é a principal medida de prevenção da poliomielite.
O esquema vacinal consiste em três doses de vacina inativada poliomielite (VIP), aos 2, 4 e 6 meses, com intervalo de 60 dias entre as doses.
O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.
Devem ainda ser administradas duas doses de reforço, a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos.
Caso ainda não possuam a dose de vacina contra poliomielite, as crianças que estiverem incluídas no público-alvo da vacinação para a doença devem ser levadas, por pais ou responsáveis, para a aplicação da dose do imunizante em postos de saúde coordenados pelas Secretarias Municipais de Saúde.