Após o ex-presidente Bolsonaro (PL) pedir anistia aos presos pelos atos antidemocráticas de 8 de janeiro de 2023, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o chamou de “covarde” em publicação na rede social X.
“Sempre foi um covarde, como eram covardes os torturadores que ele defende, e agora virou chorão”, escreveu.
Em tom irônico, Gleisi Hoffman criticou a postura de Bolsonaro diante dos sucessivos episódios de ataque à democracia dos últimos tempos.
“Depois de apelar aos militares desonrados, aos acampados nos quartéis e seus financiadores, aos terroristas do aeroporto de Brasília, aos juristas de golpe e à horda que atacou os 3 poderes para derrubar o presidente Lula, Bolsonaro agora “faz apelo” ao STF e até a Lula para não pagar por seus crimes contra a democracia e o país”, comentou.
Bolsonaro afirmou que apenas a perdão aos golpistas pode trazer paz para o país e comparou o momento com a Lei da Anistia de 1979, no fim da ditadura militar.
Ele é indiciado, junto com outros 36, pela Polícia Federal (PF) por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.
Gleisi ainda defendeu a punição de todos os envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do então eleito, presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
“A quem poderiam apelar as vítimas se tivesse dado certo o golpe que ele ‘planejou, atuou e teve domínio’, como demonstrou a PF? Punição para todos! Sem anistia! Arquivamento já!”, concluiu Gleisi.
PL da Anistia
O Projeto de Lei nº 2.858, conhecido como PL da Anistia, propõe conceder perdão aos condenados por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro.
A anistia inclui crimes políticos, eleitorais e conexos, abrangendo o financiamento, a organização e o apoio às manifestações, inclusive por meio de redes sociais.
O projeto também prevê a remoção de restrições de direitos decorrentes de processos ou inquéritos relacionados às manifestações, além da anulação de multas impostas pela Justiça Eleitoral ou Comum.
Com a divulgação de inquérito da PF sobre a trama golpista, um grupo de 21 deputados apresentou, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um pedido de arquivamento do projeto de lei.