Após o Grupo Heineken anunciar o encerramento da produção de concentrados no Polo Industrial de Manaus (PIM), políticos da região usaram as redes sociais para repercutir a saída da empresa.
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A Heineken anunciou nesta sexta-feira, 4, o encerramento da produção de concentrados de refrigerantes em Manaus. A unidade produtiva agora será transferida para a cidade de Itu, em São Paulo.
A medida ocorre em meio ao decreto do governo federal duramente criticado por políticos do Amazonas e de Manaus que reduziu o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) em 25%.
Em suas redes sociais, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD), falou sobre a saída da empresa e também relembrou o encerramento das atividades da Ppsi.
“Heineken anunciou hoje cedo a saída da ZFM e transfere toda sua produção de bebidas não alcoólicas pra Itú-SP. A Pepsi já havia tomado a mesma decisão e transferido sua produção para o Uruguai”, escreveu.
Ramos também falou sobre uma especulação de que o ministro Paulo Guedes cancelou a reunião que havia marcado com o governador do Amazonas para tratar sobre o decreto do IPI.
“Há especulação de que o ministro Paulo Guedes cancelou a reunião que havia marcado para amanhã com o governador do AM. Se até quarta não houver uma posição que garanta a proteção da ZFM e dos empregos dos amazonenses, na sexta ajuizarei ação para tentar derrubar o decreto do IPI”.
O deputado federal Zé Ricardo (PT) falou que a saída da empresa gera um grande impacto na economia e que vai causar desemprego.
“A insegurança jurídica, os ataques constantes à Zona Franca e ao setor de bebidas, bicicletas e o Decreto do IPI feitos pelo próprio governo Bolsonaro fará com que várias empresas deixem o Amazonas. Um grande impacto para a nossa economia, que vai causar muito desemprego”.
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Para o deputado federal Sidney Leite (PSD), a perda é muito significativa e deixa um vazio na região.
“Estamos vendo mais uma grande empresa paralisar sua produção na Zona Franca de Manaus. Desta vez o Grupo Heineken anunciou que a unidade será transferida para a cidade de Itu, no interior de São Paulo. Essa é uma perda muito significativa, um grupo desse porte deixa um vazio e dezenas de desempregados quando decide deixar a capital”.
O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB/AM) também se posicionou.
“Quando 1 empresa decide vir para a ZFM, produz duas planilhas de custos. Uma para fora da ZFM, pagando IPI, e outra em Manaus sem pagar. A meu ver, qdo a % é menor que 8%, não é vantagem. As %% das fabricas do PIM são maiores que 8%. A da Heineken era 8% e caiu pra 6%. Foi embora”, escreveu.
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