O clássico entre Palmeiras e Santos, no último domingo (28), trouxe à tona preocupações sobre as más condições do gramado no Allianz Parque.

Ambas as equipes, juntamente com o técnico Abel Ferreira, expressaram críticas, exigindo uma “manutenção urgente”.

A Real Arenas, empresa criada pela WTorre para administrar a arena, solicitou a troca total do piso nesta segunda-feira no “menor prazo possível”.

A empresa responsável pelo estádio emitiu um comunicado solicitando a substituição completa do piso de gramado sintético devido ao derretimento do termoplástico, atribuído às altas temperaturas recentes e à poluição.

Segundo a fornecedora Soccer Grass, o termoplástico derretido foi resultado das temperaturas elevadas e do acúmulo de gordura causado pela poluição, afetando a qualidade do gramado. A empresa assegura estar pronta para realizar a manutenção necessária em breve.

O gramado sintético do Allianz Parque é composto por elastômero termoplástico (TPE) e uma base de tela de polietileno e propileno, com tufos de grama entrelaçados para garantir a segurança.

A troca do piso requer cerca de 30 blocos, cada um medindo aproximadamente quatro metros de largura por 78 metros de comprimento.

As más condições do gramado não apenas afetaram o jogo, mas também levantaram preocupações com possíveis lesões nos jogadores.

O Palmeiras expressou sua preocupação, especialmente após a lesão de Bruno Rodrigues, que enfrentará uma cirurgia e um afastamento de aproximadamente cinco meses.

Palmeiras x WTorre

Além das implicações esportivas, a situação também levantou questões contratuais entre o Palmeiras e a WTorre, a empresa responsável pela administração do estádio.

Desavenças financeiras têm sido um ponto de conflito, com o clube alegando falta de repasses de receitas pela utilização da arena desde 2015, enquanto a WTorre contesta essa versão.

Essas disputas resultaram em ações judiciais, embora as negociações entre as partes ainda estejam em andamento.

Enquanto isso, o Palmeiras optou por usar a Arena Barueri como sua segunda casa, enquanto aguarda melhorias no gramado do Allianz Parque.

Esta decisão foi tomada considerando a parceria do clube com a WTorre, que prevê a utilização do estádio para eventos além do futebol.

Apesar dos desafios enfrentados com o Allianz Parque, a WTorre continua a realizar negócios com outros clubes, como o São Paulo e o Santos, visando a modernização de seus respectivos estádios.