O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, o futuro ministro da Defesa, José Múcio, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se reuniram na manhã desta terça-feira (27) para tratar sobre medidas de segurança da posse presidencial.
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A cerimônia de posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai ser realizada no próximo domingo (1°).
Além dos futuros ministros e do governador, o secretário de Segurança do Distrito Federal, Júlio Danilo, e o diretor da Polícia Civil, Robson Cândido também participaram do encontro.
Segurança na posse de Lula
Segundo o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, a reunião ocorreu para destacar a união entre o futuro governo federal e o governo do Distrito Federal.
Além disso, Dino afirmou que não vai haver alterações no roteiro da posse do presidente eleito Lula e que todos os momentos definidos vão ocorrer.
“Planejamento é dinâmico […], mudanças podem ser tomadas no momento e nós devemos garantir cardápio de opções”, ressaltou.
O desfile presidencial, que costuma ser realizado em carro aberto, vai contar com as duas alternativas para o presidente eleito Lula.
“Carro aberto ou fechado, será uma decisão tomada no dia 1°, depois do almoço”, disse Dino, por conta de questões de segurança e também climáticas.
Tanto Ibaneis, como Dino, destacaram que 100% do efetivo das forças de segurança do Distrito Federal vão atuar no dia da posse.
“É a preparação de policiamento ostensivo, da mobilização integral, ou seja, 100% das forças policiais do DF, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros serão mobilizados para garantir segurança, não só ao presidente, tanto para delegações estrangeiras e pessoas do evento”, afirmou Dino.
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Tentativa de atentado em Brasília
A reunião foi marcada após a tentativa de atentado com bomba no último sábado (24). Uma bomba foi colocada em um caminhão de combustíveis próximo ao aeroporto de Brasília. A Polícia Civil do Distrito Federal desativou o dispositivo que foi levado para a perícia.
Um dos autores do crime foi preso ainda no sábado. George Washington de Oliveira Souza, de 54 anos, mora no Pará e afirmou que participou das manifestações antidemocráticas em 12 de dezembro.
O homem afirmou que a bomba tinha como principal objetivo dar início ao caos e decretar estado de sítio no Brasil para impedir a posse do presidente eleito Lula.
O futuro ministro da Justiça destacou que os autores do crime serão punidos por terrorismo.
“Isso não é pitoresco, não é engraçado, não é uma coisa qualquer e não pode ser tratado assim. […] Provavelmente receberão penas muito altas”, ressaltou Dino.
Acampamentos no QG
O governador do Distrito Federal afirmou que os acampamentos em frente ao quartel-general vão ser desmontados de forma pacífica.
“Seguimos desmontando parte dos acampamentos, acompanhando de forma pacífica, vem sendo feita pouco a pouco”, destacou Ibaneis.
Múcio ressaltou que com a tentativa de atentado à bomba, “entramos no campo do terrorismo, mas o acampamento é pacífico. […] Torcemos para que seja uma coisa passageira”.