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Hacker diz que Bolsonaro perguntou se era possível invadir urna eletrônica

O hacker Walter Delgatti Neto, ao lado da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) - Foto: Reprodução/Twitter

A deputada Carla Zambelli postou foto de encontro com o hacker Walter Delgatti - Foto: Reprodução/Twitter @Zambelli2210

O hacker Walter Delgatti Neto, preso nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal (PF), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o questionou se seria possível invadir uma urna eletrônica.

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A declaração de Delgatti, investigado por invasão em sistemas do Poder Judiciário e acusado de invadir celulares do ex-juiz Sergio Moro e de procuradores da Lava Jato, é citada na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação.

Delgatti disse que se encontrou com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em Brasília, e foi perguntado se “munido do código-fonte, conseguiria invadir a urna eletrônica”.

Ele foi levado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) à residência oficial do presidente da República.

Segundo Delgatti, isso não foi adiante, pois o acesso dado pelo TSE foi apenas na sede do tribunal, e ele não poderia ir até lá.

Sobre o encontro com Bolsonaro, em declaração à imprensa nesta quarta, Zambelli alegou que Walter Delgatti ofereceu ao Partido Liberal (PL) um “serviço de participar de uma espécie de auditoria das urnas eletrônicas durante os primeiros e segundo turnos”.

Em seguida, foi conhecer Bolsonaro “porque disse que teria muitas informações sobre tecnologia”.

“A conversa foi privada, mas a pergunta que o presidente fez foi se as urnas eram confiáveis, e ele respondeu que nenhum sistema tecnológico é confiável”, declarou Zambelli.

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O hacker contou à Polícia Federal que havia sido procurado por Zambelli com o pedido de que ele invadisse os sistemas do TSE.

Conforme o depoimento, o objetivo da deputada seria “demonstrar a fragilidade do sistema da Justiça brasileira”.

Bolsonaro fez ataques frequentes à credibilidade das urnas eletrônicas nos últimos anos, mas sem apresentar nenhuma prova.

Isso ocorreu até mesmo em uma reunião com representantes de países estrangeiros realizada no ano passado.

A situação acabou resultando em um processo no TSE que declarou a inelegibilidade do ex-presidente.

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