Os partidos PP e Republicanos já têm indicados espalhados em cargos do segundo escalão do governo e calculam quantos votos de cada bancada o Planalto receberá das duas siglas, caso a reforma ministerial contemple todas as demandas.

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Já no outro lado da base governista, sobe o nível de tensão com parlamentares aliados de PSB e PDT, insatisfeitos com os contornos das mudanças que devem acontecer na Esplanada.

No Republicanos, um exemplo de proximidade antes da reforma é o do líder da sigla na Câmara, Hugo Motta (PB).

Ele se diz independente, mas a mulher dele, Luana Medeiros Motta, já ocupa cargo na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

O partido também emplacou um filiado em um cargo de assessoria na superintendência da Codevasf na Paraíba.

Já a escolha pelo deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para o primeiro escalão, em pasta ainda a ser confirmada, foi natural.

Ele tem boa relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

No caso do PP, o diretor de negócios do Banco do Nordeste, Anderson Possa, é próximo a nomes da sigla.

Ele foi indicado na gestão Bolsonaro, no período em que o presidente do PP, o senador Ciro Nogueira, chefiava a Casa Civil.

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Do outro lado da base, no PDT a insatisfação é tema corrente entre os deputados, que ensaiam até rompimento.

Eles se queixam da demora em uma definição da reforma porque, segundo a avaliação de parlamentares, a pasta entregue à legenda, Previdência Social, não dá margem para que façam políticas públicas nos seus redutos.

“A insatisfação é grande, mas ainda temos expectativa de que o governo valorize quem efetivamente tem dado apoio na Câmara”, afirma Max Lemos (PDT-RJ).

Já o PSB soma 15 deputados e está à frente de três pastas: Justiça e Segurança Pública, com Flávio Dino; Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com o vice-presidente Geraldo Alckmin; e Portos e Aeroportos, com Márcio França. A cobrança é por reconhecimento.