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Preço médio da gasolina sobe 3,3% e do diesel cai 0,5% no Brasil

Pesquisa sobre preço da gasolina é realizada pela ANP - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Combustível aumento, em édia, R$ 0,30 - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O preço médio da gasolina já subiu nos postos de abastecimento apenas seis dias depois da volta dos impostos federais (PIS/Confins) sobre combustíveis.

O litro da gasolina fechou a semana com alta de 3,3%, saltando para R$ 5,25 entre 26 de fevereiro e 4 de março.

Na semana anterior, o preço nacional médio do litro do combustível ao consumidor era de R$ 5,08.

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Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nesta segunda-feira (6).

Conforme a agência, essa foi a primeira vez em quatro semanas que o preço da gasolina ao consumidor final sofreu alteração relevante, desta vez para cima.

Análises sobre preço da gasolina

Para o sócio e diretor da consultoria Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia, Bruno Pascon, não há dúvidas de que o aumento é um desdobramento da volta dos impostos, mesmo que antecipando sua incidência sobre a cadeia.

“Os preços no varejo (postos) são livres. Quando a reoneração é anunciada a partir do dia 1º de março, os postos ganham o direito de repassar o aumento no preço do produto que revendem”, disse Bruno.

O gestor da instituição de consultoria também reforça que, mesmo sendo “comum”, o repasse gera questionamentos.

“Isso é comum e, normalmente, gera questionamentos do Cade a respeito da motivação do repasse: se é uma antecipação indevida ou movimento em cima de novas cargas adquiridas, o que é difícil descobrir”, enfatiza Pascon.

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Outras fontes do setor ouvidas anonimamente acreditam tratar-se de antecipação do repasse dos novos impostos por parte de distribuidores ou lojistas, com maior chance para uma ação destes últimos.

Para os especialistas, ainda é difícil precisar o efeito exato do anúncio no preço médio da gasolina, porque essa reoneração vigorou apenas quatro dias da semana.

A incidência da reoneração ainda varia conforme a dinâmica de estoque de cada lojista, segundo os consultores.

“Só vamos ter uma leitura mais fidedigna do impacto da volta dos impostos sobre a gasolina e o etanol na medição da ANP da semana que vem, quando o efeito da reoneração na semana vai ser cheio”, afirmoa o gestor.

Mais números

Segundo o governo, a volta dos impostos federais sozinha acrescentaria R$ 0,47 ao preço do litro de gasolina vendido nas refinarias do Brasil.

Mas como a Petrobras, refinadora dominante no mercado, reduziu seus preços em R$ 0,13 por litro no mesmo dia, o saldo esperado das mudanças é uma alta próxima a R$ 0,34 no preço de refinarias.

Nas bombas, para o consumidor, o efeito é menor, porque a gasolina A vendida nas refinarias compõe apenas 73% da mistura da gasolina C, aquela usada nos carros – os outros 27% são etanol anidro.

Segundo cálculo da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o carregamento do saldo das mudanças para as bombas é um aumento de R$ 0,25 por litro vendido nos postos.

Considerando esse acréscimo, o preço médio do litro da gasolina deveria ter ido para a casa dos R$ 5,33, valor acima do verificado na realidade (R$ 5,25).

Diesel

Livre da reoneração até 1º de janeiro de 2024, por decisão do governo, o diesel S-10 viu o preço médio cair 0,5% esta semana nos postos de todo o país.

A informação também foi divulgada, nesta segunda (6), pela ANP.

O litro do insumo custou, em média, R$ 6,02 entre 26 de fevereiro e 4 de março, ante os R$ 6,05 registrados nos sete dias anteriores.

Embora pequeno, o desconto da Petrobras se junta com o anterior, de 8,9%, ou R$ 0,40, válido desde 8 de fevereiro.

Gás de cozinha

Além do diesel, o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás de cozinha também caiu, desta vez 0,08%, na semana entre 26 de fevereiro e 4 de março.

O insumo vendido em botijão de 13 kg fechou a semana a um preço médio de R$ 107,50 ante os R$ 107,59 da anterior.

O gás de cozinha mantém uma trajetória de quedas leves, pontualmente interrompida no início do mês, depois de sete baixas semanais seguidas ao consumidor final.

Assim como o Diesel, os insumos federais do gás de cozinha só voltarão a incidir em 1º de janeiro de 2024.

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