O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) registrou avanço de 1,95% em 2022, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, de 5,79%.
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A informação foi apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo, healthtech de soluções digitais para gestão em saúde.
Os dados foram obtidos em primeira mão pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O resultado foi menor do que o registrado em 2021, quando houve crescimento de 5,96%, e também menor que as altas de 2020 (14,36%), 2019 (3,97%), 2018 (4,97%), 2017 (3,94%), 2016 (4,97%) e 2015 (4,74%).
“Após 2 anos de elevação recorde dos preços, 2020 e 2021 foram os anos de maior aumento na série histórica, 2022 fechou com a menor variação (1,95%). Esse resultado pode ser explicado, em boa medida, por dois fatores principais: acomodação dos preços após o choque de demanda gerado pela pandemia e redução de custos logísticos resultante da redução do ICMS sobre combustíveis”, afirma o economista da Fipe Bruno Oliva.
Os grupos de medicamento com maior contribuição para a desaceleração do IPM-H em 2022 foram:
- órgãos sensitivos (-0,67%);
- sistema musculoesquelético (-1,01%);
- anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-5,31%);
- aparelho cardiovascular (-7,88%), sistema nervoso (-10,55%);
- e aparelho digestivo e metabolismo (-20,15%).
Por outro lado, ao longo do ano, registraram alta nos preços aos hospitais os grupos:
- aparelho geniturinário (24,90%);
- aparelho respiratório (21,40%);
- sangue e órgãos hematopoiéticos (20,17%);
- agentes antineoplásicos (6,20%);
- e imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (2,33%).
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Dezembro
O IPM-H desacelerou a 0,12% em dezembro na margem, inferior à variação de novembro, de 1,72%.
O resultado foi influenciado pela acomodação dos preços depois de 2020 e 2021, quando foram registradas, respectivamente, a maior e a segunda maior variação anual acumulada da série histórica do IPM-H, principalmente devido à pandemia.
Houve recuo nos preços dos grupos:
- aparelho geniturinário (-6,04%);
- sistema nervoso (-3,11%);
- aparelho digestivo e metabolismo (-2,42%);
- órgãos sensitivos (-2,34%);
- aparelho cardiovascular (-1,21%);
- imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,84%);
- sistema musculoesquelético (-0,63%);
- e sangue e órgãos hematopoiéticos (-0,47%).
Em contrapartida, quatro grupos registraram altas:
- aparelho respiratório (2,0%);
- preparados hormonais (1,95%);
- anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (1,67%);
- e agentes antineoplásicos (1,49%).