A gestão do Brasil à frente do G20 será marcada pela ênfase à bioeconomia, com a criação de duas forças tarefas no bloco, uma contra a fome e a desigualdade e a outra contra a mudança do clima. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  nesta quarta-feira (22), ao participar da Cúpula Virtual do G20.

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G20 é o nome dado ao grupo de países com as maiores economias do mundo. Integram o grupo, 19 países e dois blocos econômicos: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita,  Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França,  Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e União Europeia.

O grupo se define como o principal fórum de cooperação econômica internacional, com “papel importante na formação e no fortalecimento da arquitetura e da governança global em todas as principais questões econômicas internacionais”.  Os Estados-membros se reúnem anualmente para discutir temas relacionados à economia, à política e questões sociais. 

BRASIL NA PRESIDÊNCIA

O Brasil assumirá a liderança do bloco em 1º de dezembro e segue até 30 de novembro de 2024. A agenda do G20 será decidida e implementada pelo governo do Brasil, com apoio direto da Índia, última ocupante da presidência, e da África do Sul, país que exercerá o mandato em 2025. Esse sistema é conhecido como troika e é um dos diferenciais do grupo em relação a outros organismos internacionais.

De dezembro deste ano a novembro de 2024, o Brasil deverá organizar mais de 100 reuniões oficiais em várias cidades do país, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos. O ponto alto será a 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Segundo Lula, a presidência brasileira  terá o lema “construindo um mundo justo e um planeta sustentável”. As prioridades do Brasil na presidência do grupo incluem a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas, com foco na transição energética, e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental; e a defesa da reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente.

“Vamos buscar resultados concretos, que gerem benefícios para os mais pobres e vulneráveis, em todo o planeta. O G20 ajudará a alavancar iniciativas multilaterais em curso. Precisamos recuperar a tripla dimensão do desenvolvimento sustentável e acelerar o ritmo de implementação da Agenda 2030 [dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas]”, disse o presidente.

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