O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu antecipar para o início da noite desta segunda-feira (6), a reunião do Conselho de Coalizão com os líderes de bancada do Senado Federal para discutir as prioridades de votações do governo até o final deste ano.

Inicialmente, a reunião aconteceria nesta quarta-feira (8), mas o Palácio do Planalto decidiu antecipar em função da votação do relatório da reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, prevista para acontecer na terça-feira (7).

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O encontro será no mesmo molde do que foi feito na última semana com ministros, líderes de partidos da Câmara dos Deputados e presidentes de siglas aliadas.

Entre os assuntos, que serão debatidos, está o alinhamento para a aprovação da reforma tributária e de nomes indicados à diretoria do Banco Central. Também existe a expectativa do governo federal apresentar a lista de projetos que precisam ser aprovados para aumentar a arrecadação.

O governo pretende encaminhar uma mensagem ao Congresso Nacional com a finalidade de alterar a meta de zerar o déficit público, após o próprio Lula afirmar que “dificilmente” o país consiga cumprir essa promessa.

As discussões em curso indicam que a nova meta de déficit poderia ser estabelecida em 0,25% ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivaleria a um déficit de até R$ 50 bilhões.

Também está prevista a votação pelos senadores, antes do recesso parlamentar, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe decisões monocráticas e pedidos de vista no Supremo Tribunal Federal (STF).

Indicações

O presidente Lula ainda não definiu a indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF), para a vaga de Rosa Weber, que precisa de aprovação dos senadores. Além disso, incomodou o mandatário a rejeição pela Casa da nomeação de Igor Roque para a Defensoria Pública da União (DPU), que foi interpretada como um claro sinal de obstáculos mais significativos ao governo.

A oposição utilizou a derrota para reforçar que uma eventual indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga, também não seria aprovada. Existe a expectativa da nomeação do novo Procurador-Geral da República, tendo em vista que o mandato de Augusto Aras terminou no último dia 26.

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