Nesta segunda-feira (29), o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, acusou a Rússia de praticar terrorismo econômico com a Europa, que enfrenta uma grave alta nos custos da energia e risco de racionamento.

“[Moscou] está exercendo pressão com a crise de preços, com a pobreza, para enfraquecer a Europa”, disse, em conferência do setor de energia na cidade norueguesa de Stavanger.

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A declaração ocorre no momento em que a Gazprom, estatal russa, planeja uma manutenção nesta semana que interromperá os fluxos no gasoduto Nord Stream 1, que liga a Rússia e a Alemanha através do Mar Báltico.

A possibilidade de paralisação no fornecimento alimentou temores de que Moscou esteja reduzindo a oferta para pressionar as nações ocidentais que se opõem à invasão da Ucrânia, uma acusação que o Kremlin nega.

A Rússia é a principal exportadora de gás para a Europa, e o atual cenário de demanda vem impactando fortemente os países do bloco, em especial a Alemanha.

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Para tentar contornar a crise, a República Tcheca, que detém a presidência rotativa da União Europeia, convocou uma reunião de emergência dos ministros da energia do bloco para o dia 9 de setembro, quando será proposto um teto para o preço do gás utilizado na produção de energia.

À medida que o outono se aproxima no continente europeu, o tema ganha ainda mais centralidade. Nesta segunda-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE está preparando uma intervenção de emergência e uma reforma estrutural no mercado de eletricidade do bloco.

Em pronunciamento na cidade de Bled, na Eslovênia, a representante afirmou que o aumento dos preços expõe as limitações do atual modelo de mercado europeu. “Precisamos de um novo modelo de mercado para eletricidade que realmente funcione e nos traga de volta o equilíbrio”, disse.

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