Localizada no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, a penitenciária de Tremembé ganhou destaque como o destino para condenados em casos de alta repercussão nacional.

Conhecida como o “presídio dos famosos”, recebe indivíduos com alguma forma de notoriedade e que enfrentam riscos em ambientes prisionais convencionais.

Recentemente, o jogador Robinho se tornou o mais recente integrante dessa lista. Após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir pela execução de sua pena de nove anos por estupro, determinada pela Justiça italiana.

Robinho foi preso pela Polícia Federal em Santos e encaminhado à penitenciária de Tremembé.

Apesar de alegar inocência e ter solicitado um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, seu pedido foi indeferido pelo ministro Luiz Fux.

Veja os famosos presos na penitenciária de Taubaté

Dentre outras personalidades conhecidas que já passaram ou ainda cumprem pena no complexo prisional de Tremembé estão Suzane von Richthofen, os irmãos Cravinhos, Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, Elize Matsunaga, Gil Rugai, Mizael Bispo, Roger Abdelmassih, Lindemberg Alves, Fabinho Fontes, e o ex-goleiro Edinho, filho de Pelé.

É importante ressaltar que embora Tremembé não seja uma penitenciária de segurança máxima, é considerada um modelo para outras unidades.

Caso Robinho: da acusação na Itália à prisão no Brasil

Robinho, ex-jogador do Milan, foi acusado de participar de um estupro coletivo a uma mulher albanesa em uma boate de Milão, Itália, em janeiro de 2013.

Após ser condenado a nove anos de prisão pela Justiça italiana, com a decisão final ocorrendo em janeiro de 2022, a Justiça do Brasil foi acionada para executar a sentença.

Após um pedido de extradição negado devido à legislação brasileira, que não permite a extradição de cidadãos natos, a Justiça italiana solicitou a homologação da sentença no Brasil.

O STJ decidiu pela execução da pena no país, culminando na prisão de Robinho pela Polícia Federal e sua consequente transferência para a penitenciária de Tremembé.

O jogador, de 40 anos, alega que o ato foi consensual, afirma possuir provas de sua inocência e denuncia o sistema judiciário italiano por racismo.