O primeiro-ministro de Portugal, Antónia Costa, do Partido Socialista, entregou seu pedido de demissão após operação do Ministério Público português nesta terça-feira (7). Ele é alvo de suspeito de corrupção.
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A polícia portuguesa realizou uma ação de busca e apreensão na casa do primeiro-ministro, como parte de uma apuração sobre um suposto esquema de exploração de lítio e de hidrogênio verde.
Segundo informações do próprio ministro, o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou sua renúncia.
“Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou sequer de qualquer ato censurado”, declarou Costa.
Durante a operação, o chefe de gabinete de Antónia também foi detido, além da revista nas sedes de ministérios.
O primeiro-ministro continuará sendo investigado pelo inquérito que segue de forma independente no Supremo Tribunal de Justiça de Portugal.
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Operação
Segundo a Procuradoria-Geral de Portugal, a polícia cumpriu 42 mandados de busca e apreensão nos seguintes locais:
- Ministério da Infraestrutura;
- Secretaria do Estado de Energia e Clima;
- Ministério de Meio Ambiente;
- Empresas investigadas.
O ministro da Infraestrutura, João Galamba, é também um dos investigados no caso.
Os projetos investigados na operação são decorrentes de supostas irregularidades em contratos do governo para explorar lítio em minas de Portugal e produção de energia.
São eles:
- Concessões de exploração de lítio nas minas do Romano, em Montealegre, e do Barroso, em Boticas;
- Projeto de central de energia a partir de hidrogênio na cidade de Sines;
- Projeto de construção de um datacenter pela empresa Start Campus, também em Sines.
