O príncipe Harry se tornou, nesta terça-feira (6), o primeiro membro da família real a sentar no banco das testemunhas em mais de 130 anos.

O processo movido por ele contra o Mirror Group Newspapers (MGN) por hackeamento de telefone e intromissões ilegais em sua vida privada contém mais de 140 denúncias de reportagens.

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A empresa admite que “hackeamentos” já ocorreram em seus jornais, mas afirma que Harry não foi alvo.

O juiz encarregado irá analisar detalhadamente mais de 30 reportagens publicadas nos jornais Daily Mirror, Sunday Mirror e The People, frutos de coleta ilegal de informações entre 1996 e 2010.

Em contrapartida, o grupo de comunicação disse ao tribunal que pode demonstrar que a história teve origem legítima, dentre grande parte das matérias.

Ao sentar no banco das testemunhas, Harry se tornou o primeiro membro da família real a depor em um tribunal desde Eduardo 7º, desde o final do século 19.

Histórias do príncipe Harry

Uma das alegações feitas data de 1996, em que o Daily Mirror publicou uma reportagem com título “Diana tão triste no grande dia de Harry”.

A matéria contava que Diana passou 20 minutos com Harry no seu aniversário de 12 anos.

Outras matérias sobre a infância e adolescência do príncipe também foram veiculadas na época.

Informação médica privada

O príncipe Harry alegou que ocorreram publicações sobre conselhos médicos privados, após um procedimento feito no braço lesionado.

A publicação foi feita em 2000, detalhando as recomendações de saúde feita por médicos ao jovem de 16 anos.

Quase um ano depois, o Sunday Mirror relatou em uma reportagem que os médicos ordenaram que Harry parasse de jogar rúgbi por causa de uma lesão nas costas.

A MGN está propensa a argumentar que os dados foram fornecidos pelo Palácio ou eram de conhecimento público na escola.

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Relacionamentos amorosos

Grande parte das reportagens denunciadas diz respeito à vida amorosa de Harry.

Em 2004, o Daily Mirros detalhou o relacionamento do príncipe com uma mulher na Argentina. O título era “HARRY É UM FÃ DE CHELSY“.

Seu relacionamento com Chelsy Davy apareceu em páginas de jornais em toda a mídia tabloide global.

O duque diz que parte do motivo da separação foi que ela estava sendo perseguida pela imprensa e fotógrafos.

A equipe do príncipe Harry alega que em muitas ocasiões os fotógrafos paparazzi só poderiam ter descoberto onde ele e Davy estavam com o auxílio de informações ilegais.

Os representantes dizem que há provas de que ambos os celulares do casal foram alvo de jornalistas que ouviam suas mensagens de voz.