O primeiro semestre do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram marcados por turbulências.
Principalmente em relação com o Congresso, e por dificuldades de avançar para além dos programas sociais reciclados das gestões passadas.
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Após aprovar as duas maiores pautas econômicas do governo, o petista vai tentar consolidar sua base parlamentar dentro do Congresso.
Esse fortalecimento do governo passa pelo embarque formal do Centrão, que começou a se desenhar após a aprovação da reforma tributária na Câmara.
Na ocasião, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários, visitaram o presidente Lula no Palácio da Alvorada.
Segundo aliados do presidente, ele não cedeu antes, para não mostrar fraqueza e acabar entregando muito ao Centrão, que queria o Ministério da Saúde, que tem o maior orçamento disponível para o investimento nas cidades.
Novo PAC
O governo pretende anunciar, depois de vários adiamentos, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujas versões anteriores ajudaram a alavancar, por exemplo, a carreira da então ministra Dilma Rousseff.
Buscar maneiras de espalhar a marca do governo federal em milhares de placas de obras Brasil afora tem sido.
A principal missão do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, é espalhar a marca do governo federal em milhares de placas de obras.
A promessa é mostrar ao presidente Lula no início desta semana, a versão final dos planos.
“Este mês o presidente está lançando o novo PAC, que terá como alicerce e diretriz basilar a sustentabilidade. E o novo PAC trará, como o anterior, investimentos em áreas de infraestrutura, saneamento, moradia, mobilidade, energia, tecnologia, digitalização, saúde, defesa”, disse o ministro, na semana passada, no Palácio do Planalto.
Ele afirmou que o PAC será estruturado para além dos recursos do Orçamento Geral da União.
“Nós vamos alicerçá-lo em três outros pilares além do OGU: financiamento para estados e municípios e iniciativa privada, utilizando agentes de financiamento público e projetos de PPP (Parcerias Público-Privadas)”, destacou.
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Mercosul e União Europeia
Nesse segundo semestre, a meta do presidente Lula é consolidar a negociação de décadas entre Mercosul e a União Europeia.
Com a assinatura final, o presidente quer um acordo econômico de livre comércio.
Lula está à frente do bloco sul-americano pelos próximos seis meses, e para conseguir o acordo ele vai precisar convencer os europeus a recuarem de novas exigências que podem dificultar as exportações brasileiras.
O documento com novas exigências, enviado em maio, prevê sanções adicionais ligadas à agenda ambiental.
Em junho, Lula disse que a carta adicional que a UE mandou ao Brasil é inaceitável, porque eles colocam punição a qualquer país que não cumpre o Acordo de Paris.
“Nem eles cumpriram o Acordo de Paris. É preciso que eles tenham um pouco mais de sensibilidade, de humildade”, disse o presidente, na época.
Para tentar desatar esse nó, Lula viajará para a Europa a fim de participar da cúpula de países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia.
O evento será realizado em Bruxelas, na Bélgica, nos dias 17 e 18 de julho.