O diretor presidente do Procon-AM, Jalil Fraxe, concedeu entrevista ao Portal Norte antes da virada do ano, no dia 27 de dezembro.
Ele participou do quadro Norte Entrevista, conteúdo que aborda diferentes assuntos, com a presença de famosos, anônimos e autoridades.
Durante a participação de Fraxe, ele resumiu as atividades da instituição no Amazonas e a nível nacional, além de orientar sobre os itens proibidos nas listas escolares e os maiores líderes de reclamações em Manaus.
O presidente também aproveitou para destacar problemas nas compras com cartão de crédito e um balanço do público atendido no Amazonas.
Veja a entrevista
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Destaques da entrevista de Jalil Fraxe
Jalil Fraxe iniciou a entrevista fazendo um balanço do ano de 2023 e destacou ações realizadas pelo Procon-AM, como o “Limpa Nome”.
O mutirão contou com duas edições em 2023, uma em março e outra em outubro.
“Destaco nossos feirões Limpa Nome, nós realizamos dois no ano de 2023. São ações que agradam bastante à população, sobretudo aquela que tem dívida”, salientou.
O presidente também destacou o fortalecimento da defesa do consumidor no estado e a necessidade de expansão do serviço pelo Amazonas.
“Nós tivemos o fortalecimento da defesa do consumidor no Amazonas. Estamos com quatro Procons municipais, tendo em vista que Manaus é uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes e nós estávamos sem”, disse. “Há uma necessidade dessa expansão dentro do estado do Amazonas, isso é um fato”.
Material escolar
Fraxe também citou e orientou sobre itens proibidos em listas de materiais escolares.
Neste mês de janeiro, a procura antes do início das aulas é maior, o que acaba encarecendo os produtos.
Devido a isso, o presidente explica que a pesquisa de preço é fundamental para tentar “fugir” dos preços altos.
“Se deixar para comprar em cima da hora, é lei de oferta e demanda, ou seja, todo mundo procurando em janeiro e tendo menos produto, o preço vai subir”, destacou.
Já os itens que não podem ser exigidos, Jalil destaca os de “uso coletivo”. Alguns deles são:
- A4;
- Copo descartável;
- Papel higiênico;
- Produtos de limpeza;
- Giz e outros.
Segundo ele, esses tipos de insumos devem ser fornecidos pelas escolas.
A exceção para essas cobranças é por meio de comprovação da instituição que o uso desses produtos é utilizado no aprendizado dos alunos.
Líder de reclamações em Manaus
Questionado sobre as empresas que recebem mais reclamações em Manaus, Fraxe destaca algumas que fazem parte do cotidiano de toda a população diariamente.
O primeiro lugar, segundo ele, vai para a concessionário de energia elétrica no estado.
“A empresa mais demandada é a concessionária de energia elétrica. Houve uma privatização e acentuou a quantidade de problemas”, destacou.
Em seguida, ele explica que há uma “alternância” entre dois setores: água e telefonia.
Cartão de crédito
Um dos principais desafios financeiros é o uso responsável do cartão de crédito. Nesse sentido, Fraxe explica que a situação acaba “sendo uma bola de neve” para os consumidores.
“O principal desafio é usar de forma responsável, quando você acaba estourando seu limite, tendo que pagar o mínimo, acaba sendo uma bola de neve”, salientou.
Segundo ele, cartão de crédito e o empréstimo consignado são “gargalos” que alertam para um problema econômico e social.
“Isso não é um problema somente econômico, também é social, a pessoa tem que saber utilizar e ter a consciência de como vai utilizar”, destacou.
A educação financeira e o número de endividados também foram destaques no tópico.
O presidente citou a necessidade da educação financeira de forma marcante no ensino nacional.
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Público atendido
Jalil destacou que houve uma crescente de atendimentos entre 2022 e 2023.
Em 2022, foram cerca de 200 mil procedimentos administrativos. Em 2023, o número ficou acima do registrado no ano anterior.
Ele responsabilizou o desequilíbrio econômico que a pandemia causou, além também da divulgação de informações sobre os serviços do Procon.
“Acredito que o desequilíbrio econômico que aconteceu pela pandemia acentuou o crescimento de atendimentos. As pessoas passaram a precisar mais do Procon para negociar”, explicou.
Jalil Fraxe
Diretor presidente do Procon Amazonas, Jalil Fraxe é advogado e professor da área jurídica, mestre em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), doutorando no mesmo programa.
Fraxe atua há quatro anos no Procon-AM e operou no auge da pandemia com fiscalizações para atender a população amazonense.