Mafiza de Souza Cardozo, de 44 anos, foi denunciada por injúria racial e racismo após ser flagrada proferindo ofensas contra o motoboy Alessandro Martins, de 26 anos.

O caso ocorreu no dia 7 de fevereiro deste ano, na saída de uma farmácia de Rio Branco, onde o motoboy trabalhava.

O vídeo das agressões, gravado por Alessandro, ganhou repercussão nas redes sociais e mobilizou trabalhadores da classe.

Nele, a professora é ouvida proferindo insultos racistas, ofensivos e degradantes, fazendo comentários preconceituosos sobre sua raça.

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“Vai para o inferno, bando de macaco […] mostra que tu é um preguiçoso”, diz a acusada em um trecho do vídeo.

Visivelmente descontrolada, ela chega até a cuspir em Martins.

A denúncia foi apresentada pelo promotor Tales Tranin, do Ministério Público do Acre (MPAC), à 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco.

Foi solicitado que Mafiza pague indenização à vítima. Ela tem um prazo máximo de dez dias para apresentar sua resposta à acusação.

Veja vídeo do ataque

Na época, a irmã da acusada alegou que ela era esquizofrênica e que foi encaminhada ao Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac).

No entanto, o diagnóstico médico não exime a responsabilidade legal por atos de injúria racial e racismo.

Alessandro Martins, o motoboy agredido verbalmente, manifestou sua satisfação com o andamento do processo. 

“Ninguém deveria passar por algo assim, e estou feliz que a justiça está agindo para responsabilizar a agressora. Espero que esse caso sirva como um exemplo de que o racismo não será tolerado em nossa sociedade”, disse ele.

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