Profissionais com conhecimento de estratégias táticas de combate participaram dos atos golpistas do último dia 8 de janeiro.

A afirmação é do interventor federal, Ricardo Cappelli, divulgada nesta segunda-feira (16), durante coletiva de imprensa realizada em batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.

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“O depoimento de um sargento e policial em campo, sargento ferido com diversos pontos, disse que não estávamos enfrentando apenas manifestantes, existiam homens nos campos de batalha, com conhecimento do terreno, com conhecimento de táticas de combate. Eram homens profissionais que estavam em meio aos manifestantes”, ressaltou.

Cappelli ressaltou ainda que a Polícia Civil atua em perfeita sintonia com a Polícia Federal (PF) nas perícias.

Além disso, a identificação dos criminosos ocorre por meio de imagens e material coletado no campo.

Segundo o interventor, o trabalho investigativo sobre os atos golpistas é comandado pela PF.

Cappelli declarou ainda que nesta segunda será o último dia das audiências de custódia das pessoas detidas.

Segurança após atos golpistas

Após os atos golpistas, a governadora em exercício do DF, Celina Leão, afirmou que as forças do estado vão desenvolver medidas para garantir a segurança em Brasília.

“A ideia inicial é ter a pronta resposta no mínimo uns 500 homens. Hoje, temos 248 homens a pronta resposta para essa área”, disse a governadora.

Ainda conforme a gestora, 600 homens vão terminar o curso de formação para entrar na força de segurança.

Além do aumento do efetivo, a governadora em exercício afirmou que vai aumentar o voluntário – espécie de plantão voluntário por mês – de R$ 148 milhões e dobrar para R$ 300 milhões.

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Mais punições

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) garantiu que vai haver um plano de segurança preventivo para a posse dos parlamentares e eleição das mesas do Congresso Nacional, programada para 1° de fevereiro.

Lira também se manifestou sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar três deputados: Clarissa Tércio (PP-PE), André Fernandes (PL-CE) e Silvia Waiãpi (PL-AP).

O presidente da Câmara afirmou que conversou com os parlamentares, mas não com Silvia, e sim com Nikolas Ferreira (PL-MG), após os atos golpistas.

“Conversei com os três parlamentares, a PGR foi provocada, tenho uma audiência às 11h com o procurador Aras para pedir a punição daqueles que a polícia legislativa conseguiu prender e identificar dentro das dependências da Câmara, mas não vi, nenhum ato que corroborasse com os inquéritos”, afirmou.

O deputado afirmou que parlamentares que fizeram postagens e minimizaram a depredação da Câmara dos Deputados em suas redes sociais também serão punidos.