Horas antes do início da cerimônia de coroação do rei Charles III, neste sábado (6), as ruas de Londres amanheceram com a presença de manifestantes republicanos pedindo o fim da monarquia.

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Alguns dos organizadores do protesto foram presos pela guarda metropolitana de Londres, que avisou, no início da semana, que teria pouca tolerância com interrupções no dia do evento.

O movimento, que tem como sentença a frase “Not my king”, é encabeçada pelo Republic, um dos maiores grupos ativistas antimonarquia do Reino Unido.

Os manifestantes vestiam camisas amarelas e seguravam cartazes e faixas, na praça Trafalgar.

O líder do grupo antimonarquista, Graham Smith, foi preso por volta das 7h30min (horário local), enquanto estava descarregando material para o protesto, como cartazes, de uma van.

No Twitter, o grupo Republic afirmou que “a polícia não diz o por quê” da prisão e que centenas de cartazes foram apreendidos.

Segundo o The Guardian, outros cinco organizadores foram presos na rota da procissão do rei. Uma foto publicada no Twitter mostra Smith sentado no chão cercado por um grupo de policiais.

Ao The Guardian, Harry Stratton, diretor do movimento Republic, disse: “Eles estavam recolhendo os cartazes e os trazendo quando a polícia os deteve. Os caras perguntaram por que e eles disseram: ‘Nós diremos a você assim que revistarmos o veículo.’ Foi quando prenderam os seis organizadores”.

A operação de segurança escalada para a coroação é uma das maiores da história do Reino Unido. Intitulada de “Operação Golden Orb”, a ação conta com cerca de 11.500 agentes de serviço empenhados.

Há ainda franco-atiradores nos telhados, agentes à paisana, detectores de metais, cães farejadores e uma zona de exclusão aérea sobre o centro da cidade, além do uso da tecnologia de reconhecimento facial nas ruas.

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Na manhã deste sábado, a presença ostensiva de policiais pelas ruas da cidade era vísivel.

A coroação do rei Charles acendeu, de forma ainda mais calorosa, o debate sobre o sistema monárquico vigente.

Durante a coroação, o público britânico e no exterior será convidado a jurar lealdade ao novo rei.

O novo rito é uma substituição do adotado em cerimônias anteriores, quando duques prestavam homenagem ao monarca e juravam lealdade ao soberano.

Em um levantamento feito pelo The Guardian, diversos britânicos mostraram revolta contra o ato, afirmando desconexão com a realidade da sociedade atual do Reino Unido.