Desde 2004 em 29 de outubro é promovido o Dia Mundial da Psoríase, a data busca conscientizar e informar a população corretamente sobre a doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa enfermidade afeta de 2% a 3% da população mundial.
Nem todos sabem, mas a psoríase é uma inflamação de pele considerada crônica e não é contagiosa.
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Doença inflamatória autoimune, ela forma placas avermelhadas espessas na pele, cobertas por escamas esbranquiçadas ou prateadas, podendo provocar coceira, dor e queimação.
Além disso, ela está associada a uma série de comorbidades, como artrite psoriásica e enfermidades cardíacas.
A Fundação Alfredo da Matta (Fuham), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), aderiu à campanha “Minha Segunda Pele”, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com o objetivo de conscientizar sobre a psoríase.
A campanha busca destacar que a psoríase possui tratamento e não é contagiosa, além de combater informações incorretas sobre a doença.
Integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a médica Mônica Santos, do quadro clínico da Fuham, ressalta que a informação é uma arma poderosa contra os impactos sociais sofridos pelo paciente de psoríase.
“A gente sempre reforça nas campanhas de conscientização. A psoríase não é contagiosa, você não pega psoríase de ninguém. É uma predisposição genética e esse fato de ter esse estigma interfere muito na qualidade de vida do doente”, reforça.
Relação com o estresse
A dermatologista da Fuham também explica que o aparecimento dos sintomas da psoríase na pessoa pode ocorrer durante o desequilíbrio do estado emocional da pessoa.
“Para o desenvolvimento das lesões e do quadro clínico típico, existem gatilhos que são cofatores que a gente chama. Um deles é o estresse emocional de qualquer ordem. É o estresse do dia a dia, perda de um familiar, desemprego, endividamento, coisas que mexam com o emocional da pessoa pioram o quadro de psoríase. O quadro de psoríase estando pior, a pessoa também fica psicologicamente pior. Aí, gera um ciclo vicioso”, explica Mônica Santos.
Medicamento acessível
O tratamento da psoríase é baseado na gravidade das lesões apresentadas pelo paciente. Para casos mais leves, a doença é tratada com medicação tópica (pomadas). Nos casos mais complexos, a medicação passa a ser por via oral ou injetável, que são as chamadas medicações sistêmicas.
Todos os medicamentos estão disponíveis na rede pública e podem ser retirados nas unidades do SUS especializadas em tratamento dermatológico.
Números
Dados do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia da Fuham mostram que, de 2012 a 2022, foram registrados pela fundação 3.472 casos de psoríase. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 3% da população mundial, ou seja, 125 milhões de pessoas, sofrem com os sintomas da psoríase. Só no Brasil, este número chegaria a 5 milhões de pacientes.
Na plataforma YouTube, no canal da Fundação Alfredo da Matta, a pessoa interessada em saber mais sobre psoríase pode assistir a um vídeo com as principais informações sobre a doença e depoimentos que pacientes. O endereço é www.youtube.com/alfredodamattaam.
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