Os professores das universidades federais decidiram finalizar a greve nacional dos docentes, iniciada em abril, neste domingo (23).

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a suspensão da greve ocorrerá após a assinatura dos termos de acordo entre os representantes da categoria e o governo federal, prevista para esta quarta-feira (26).

Além disso, de acordo com a Andes, os professores das universidades que ainda não determinaram a data de volta às aulas devem realizar assembleias para decidir até o dia 3 de julho.

Portanto, cada grupo de docentes, de cada instituição, tem autonomia para definir o dia da retomada das aulas.

A Universidade de Brasília (UNB), por exemplo, decidiu suspender a greve na semana passada e retomaram as aulas nesta segunda-feira (24).

Em nota, o sindicato informou que “a orientação atende ao que foi deliberado pela maioria das assembleias gerais realizadas”.

Greve

Segundo o Andes, a greve de 2024 resultou em um significativo aumento da mobilização docente, com maior participação nas assembleias e atividades de luta, além do crescimento da sindicalização no ANDES-SN.

Para o sindicato, o movimento permitiu discutir questões centrais como salários, carreira, isonomia entre ativos e aposentados, e a redução dos orçamentos das universidades.

Além disso, o Andes afirmou que a greve também ampliou a compreensão sobre a disputa por fundos públicos e a luta contra o Novo Arcabouço Fiscal (NAF), elementos essenciais para a defesa das instituições de ensino superior.

Susana Maia, Secretária-geral da Aduff SSind e integrante do CNG do ANDES-SN, destacou que as deliberações das assembleias de base foram fundamentais para direcionar os rumos da greve.

“ Foram 59 seções sindicais que realizaram suas AGs, analisaram a conjuntura e indicaram os rumos da greve para o Sindicato Nacional”, destacou.

O governo propôs dois reajustes salariais para os docentes: 9% em 2025 e 3,5% em 2026, não atendendo à demanda de reajuste ainda em 2024.