No dia 12 de junho de 2000, uma moça deu entrada no hospital São Lucas após ser atropelada. Durante os 24 anos em que esteve internada em hospitais de Vitória, a paciente Clarinha deixou dúvidas sobre toda a sua história.
De acordo com o G1, além do nome, nunca houve informações sobre idade, local onde morava e se tinha parentes no Espírito Santo ou em outro estado. Desde o primeiro momento, a equipe médica teve esperança de encontrar algum parente ou até filho de Clarinha, já que ela tinha uma cicatriz de cesariana, mas isso não aconteceu.
“Pode ser que ela tenha um filho que esteja vivo. Essa marca de cesárea realmente reforça muito a possibilidade de alguém da família identificá-la. Eu gostaria muito disso”, falou o médico tenente-coronel Jorge Potratz em 2016.
Jorge Potratz foi o responsável pela paciente e seguiu com os cuidados mesmo depois de aposentado. Foi ele quem escolheu o nome Clarinha.
“A gente tinha que chamar ela de algum nome. O nome não identificada é muito complicado para se falar. Como ela é branquinha, a gente a apelidou de Clarinha”, disse Potratz.
Clarinha faleceu na última quinta-feira (14) depois de passar mal pela manhã. A paciente teve uma broncoaspiração e não resistiu.