Após ter uma alta de 5,6% no último ano, os remédios devem ser reajustados duas vezes em 2024. Um dos reajustes é efeito do aumento do ICMS, que é o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias, em dez estados e o Distrito Federal.

Já em março, haverá o reajuste anual definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), autorizado pelo governo. Segundo o portal O Globo, o setor farmacêutico já considera inevitável o aumento nos valores dos remédios.

O CEO da Associação Brasileira de Rede de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Barreto, explicou ao O Globo que o ICMS é pago antecipadamente. Por esse motivo, os medicamentos são revendidos às farmácias já com o novo valor. Os estabelecimentos, por sua vez, não conseguem segurar o repasse.

“Já vem na nota fiscal o novo imposto. Isso é acrescido no valor que vendem pra gente. Por isso, o setor é obrigado a repassar esse preço”, explicou.

Segundo a Abrafarma, todas as categorias de medicamentos serão afetadas. Isso porque a alíquota cai de forma igual sobre todos os tipos de remédios.

Os estados que terão a alíquota do ICMS aumentada são: Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal.