O Rio Acre que abastece parte das cidades acreanas, na manhã desta segunda-feira (17), registrou o nível de 1,94m segundo informou a Defesa Civil Municipal.

O Estado do Acre que até pouco tempo vivenciou a segunda maior cheia, atingindo pelo menos quatro cidades acreanas, onde na capital chegou a afetar quarenta e cinco bairros de Rio Branco, deixando mais de quatro mil desabrigados.

Agora deve se preocupar com o outro lado extremo, que é a seca do mesmo rio, onde se encontra muito abaixo do esperado para o período. O menor nível foi registrado no mês de setembro de 2022, que chegou a marca de 1,25m.

Segundo o Sistema de proteção da Amazônia (Sipam), a região está sob a influência do corredor de umidade, grande parte do Acre terá um tempo com condições de maior instabilidade. Em todo o estado, prevê-se um tempo com céu variando a parcialmente nublado no decorrer do dia, mas com possibilidades de chuvas isoladas.

Ações das autoridades

O governo estadual chegou inclusive a decretar emergência por falta de chuvas, baixo nível do rio e mananciais, aumentando o risco de incêndio em todo o estado. O tenente coronel Cláudio Falcão alerta que o baixo nível do rio pode causar desabastecimento e criar uma crise econômica.

“Com a baixa do nível do rio, devemos lembrar que são sinais antecipados de uma escassez hídrica que pode geral uma desabastecimento, lembrando que a ETA está em situação de emergência, assim como gerar crise financeira pela alta dos preços e até ausência de produtos pela dificuldade de escoar”, disse o coronel.

Auxilio a zona rural

O militar ainda destaca que ações de mitigação estão sendo tomadas para tentar amenizar o período de seca na zona rural.

O baixo nível do rio pode prejudicar o escoamento de produtos agrícolas – Foto: Victor Augusto

“Estamos buscando diminuir esses impactos auxiliando a abastecer regiões rurais com apoio de caminhões pipas, monitorando áreas com histórico de queimadas e orientando as pessoas da importância de não desperdiçar águas e nem realizar queimadas, que também afetam a nossa saúde”, frisou Falcão.