O Rio Amazonas, que banha Itacoatiara, a 175 km de Manaus, registrou 90 centímetros nesta quinta-feira (19) e já é a maior seca registrada desde 2010, quando chegou a 91 centímetro.
Os dados são do monitoramento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e estão disponíveis no Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Amazonas.
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Os rios Negro, Solimões e Amazonas registram novas mínimas históricas.
O rio Amazonas em Itacoatiara, apresentou o nível de 90 cm, considerada a maior vazante desta estação em relação à série de dados.
Em Parintins, o Amazonas continua descendo e apresenta níveis muito próximos da vazante de 2010 (-186 cm).
Na estação de Manacapuru, o Rio Solimões alcançou 3,61 metros – o nível mais baixo da história, superando a marca de 3,92 metros observada em 2010.
Em Manaus, o Rio Negro atingiu nesta quinta, 13,29 metros. Esse é o nível mais baixo em 121 anos, desde o início da série histórica na estação em 1902.
Seca prolongada
Devido ao fenômeno El Niño, que provoca alteração nos padrões de chuva, a perspectiva é que os rios da Bacia do Rio Amazonas tenham subida atrasada e lenta.
“Com as chuvas registradas no Peru, o nível do Rio Solimões deve começar a subir nos próximos dias. A estação de Tabatinga é a primeira a sentir a recuperação. Gradualmente, as cotas vão subir nas outras estações em Fonte Boa (AM), Itapeua (AM) e Manacapuru (AM). No Rio Negro, em Manaus, é possível que a descida dos rios siga por mais duas ou três semanas”, comentou o pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna.
A seca deve se prolongar até 2024. A cota mínima em algumas estações do Alto Rio Negro, em Barcelos e São Gabriel da Cachoeira deverão ser observadas em 2024.
“Em locais onde a estiagem ocorre em fevereiro, a situação é bem preocupante porque já são registrados níveis bem baixos, e o prognóstico até fevereiro não é favorável, em razão dos impactos do El Niño na região que seguirão fortes até o primeiro semestre do ano que vem”, destaca Suassuna.
Fotos da Seca
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