O Rio de Janeiro já conta com seu primeiro banco de alimentos. A inauguração da primeira unidade, que fica no bairro do Caju, aconteceu nesta semana.

O projeto é fruto de convênio entre as cidades do Rio de Janeiro e de Colônia, na Alemanha. O projeto beneficia cerca de cinco mil famílias em situação de vulnerabilidade social cadastradas pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

O bairro do Caju, que registra o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade, depois de Fazenda Botafogo.

O financiamento do projeto é fruto de colaboração com o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da República Federal da Alemanha, por meio da Engagement Global e seu Centro de Serviços para os Municípios em um Só Mundo. 

Funcionamento

O Supermercado Zona Sul é um dos parceiros do projeto.  Há alimentos que não ficam à venda nas lojas por estarem fora dos padrões estéticos, mas se encontram em condições nutricionais de consumo.  Eles deixam de virar lixo e são doados à Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), gestora do projeto, que os retira de uma área frigorífica da rede com um caminhão-baú específico e os leva até o Caju. 

Servidoras da Secretaria de Assistência Social preparadas para manipular os alimentos, fazem a separação e montagem dos kits para a distribuição.

Cada kit contém cerca de 600 gramas de cada tipo de alimento por pessoa. “Então, uma família com oito membros ganha oito vezes esse kit”, informou o presidente da companhia, Flávio Lopes

Os itens recebidos da rede de supermercados Zona Sul incluem frutas, verduras e legumes, de modo geral. “A depender da família, a gente monta o kit e distribui”, disse Lopes. São 50 distribuições por dia, duas vezes por semana, o que totaliza 400 kits por mês.

Segundo Flávio Lopes, isso representa de 4 mil a 5 mil pessoas beneficiadas mensalmente. A alimentação dessas famílias moradoras do Caju, que consistia basicamente de farinha com feijão e arroz, “quando tinha”, agora inclui verduras, legumes, frutas.” Pelos depoimentos, as pessoas têm melhorado de saúde já, e a gente está bem feliz com esse processo.”