A chuva que atingiu a Região Amazônica entre 1º de fevereiro e 02 de março fez com que o Rio Negro, em Manaus, voltasse a subir alguns centímetros.
 
Segundo o último boletim hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), divulgado no dia 4 de março, a variação diária de 7 cm, em média, é considerada normal para o atual período do ano.
Nesta quinta-feira, 10, a cota do Rio Negro está em 25,19 metros. No mesmo período de 2021, o volume registrado foi de 26,07 metros.
 
De acordo com a pesquisadora responsável pelo Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, Luna Gripp Simões Alves, a subida do Rio Negro ainda não é suficiente para dizer se haverá uma enchente severa neste ano.
 
“Em Manaus, o Rio Negro voltou a subir alguns centímetros, a uma taxa de variação diária de 7 cm em média, o que é considerado normal para o atual período do ano”, informou no boletim Luna Gripp, acrescentando que “o nível atualmente observado na estação encontra-se dentro da faixa de normalidade”.
 
Cheia no Amazonas
 
De acordo com o CPRM, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos, no interior do Amazonas, apresentam vazante do Rio Negro.
 
Tabatinga, Fonte Boa, Careiro, Manacapuru, Parintins e Itacoatiara apresentam cheia dentro da normalidade.
 
Nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, o nível do rio apresenta variações, consideradas regulares para o atual período do ano.
 
Em toda a calha principal do Rio Solimões, o nível do rio voltou a subir, segundo o CPRM, conforme esperado para o atual período de 2022.
 
Banhado pela foz da Rio Purus, o município de Beruri está apresentando uma enchente regular.
 
Em Humaitá, o Rio Madeira está em processo regular de enchente, com níveis dentro do esperado para o período.
 
As estações monitoradas no Rio Amazonas, que apresentavam-se estáveis ao longo das últimas semanas, retomaram seu processo de subida, conforme esperado o CPRM.
 
Chuvas
 
Ainda no período de 1º de fevereiro a 02 de março, segundo o CPRM, houve chuva em grande parte do Amazonas.
 
Conforme o órgão, os grandes volumes de precipitação foram observados nas bacias do centro e noroeste da região.
 
Os volumes mais baixos, de 280 mm, foram registrados em Juruá, e os maiores volumes foram verificados no Purus, com 290 mm e 308 mm em Jutaí.
 
Na bacia do Rio Negro ocorreram chuvas acima da previsão para o período, caracterizadas como “anomalias positivas de precipitação”.