A ortopedia é uma especialidade médica que abrange o diagnóstico, tratamento e reabilitação de condições que afetam os ossos, articulações, músculos, tendões e ligamentos do corpo humano.

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De acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), em 2019, foram registradas mais de 800 mil internações hospitalares por procedimentos ortopédicos no Brasil.

Esses procedimentos incluem cirurgias ortopédicas realizadas tanto em hospitais públicos quanto em hospitais privados.

Atualmente, alguns médicos cirurgiões estão contando com um ajudante robô, que realiza tarefas de forma autônoma durante as cirurgias.

De acordo com Dr. Marco Aurélio S. Neves, cirurgião ortopedista, especialista em cirurgia do quadril e joelho, a cirurgia robótica agrega esses procedimentos.

“A robótica acaba agregando precisão para esses procedimentos. No caso da prótese de quadril, a tecnologia facilita o posicionamento dos componentes, garantindo que o cirurgião entregue o melhor resultado possível para o paciente”, explica o doutor.

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As cirurgias robóticas ortopédicas no Brasil ainda são minoria, por conta do custo elevado da tecnologia.

“É ainda uma técnica recente e está disponível apenas em alguns hospitais privados de ponta no Sul e Sudeste do Brasil. Além disso, há os investimentos na manutenção do equipamento e no treinamento dos médicos para operá-lo”, revela o Dr. Neves.

Futuro da tecnologia

Embora o custo ainda seja um impeditivo para a ampla adoção da tecnologia, as cirurgias com robôs devem tornar-se cada vez mais comuns.

“Além de aumentar a precisão dos procedimentos que realizamos, esse tipo de procedimento tem o potencial de uniformizar os resultados, fazendo assim com que seja muito menos dependente do brilhantismo ou das capacidades técnicas de um determinado cirurgião”, acredita o cirurgião.

Para o Dr. Marco Aurélio S. Neves não há substituição de profissionais humanos por máquinas.

O robô é considerado uma ferramenta, assim como o bisturi, e o cirurgião robótico fica no controle e guia os instrumentos cirúrgicos nas extremidades dos braços do robô.

“Eu acredito que essas tecnologias têm um grande e possível potencial de crescimento para o futuro. Se mais pacientes conseguirem fazer uma cirurgia de prótese de quadril ou joelho bem alinhada, com os componentes dos implantes bem posicionados, mais pessoas terão melhores resultados e menos complicações”, finaliza.