Nesta segunda-feira (10), em publicação no Diário Oficial da União (DOU), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou o estado de Roraima como área sob quarentena para Bactrocera carambolae (mosca da carambola) por prazo indeterminado.
A medida tem caráter preventivo, e vai permitir a adoção de medidas de monitoramento, delimitação, contenção e controle da praga no estado.
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A intenção é manter a praga sob controle e restrita às áreas onde se encontra atualmente (nos estados do Amapá, Roraima e em parte do Pará), com o objetivo de evitar a sua disseminação para as demais áreas sem ocorrência da praga no país.
Desde 2010, a mosca, que é considerada uma praga quarentenária (localizada em área restrita no país e submetida a controle oficial), está presente em Roraima.
A mosca da carambola é originária da Indonésia, localizada no sudeste asiático.
A praga chegou ao Suriname em 1975 e, em 1996, foi encontrada no Brasil, no Oiapoque, no Amapá.
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Impactos
O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo e a mosca-da-carambola é a principal ameaça à manutenção dos mercados de exportação já estabelecidos e em constante expansão da fruticultura.
A última vez que o estado de Roraima esteve sob restrição do comércio de frutos hospedeiros da praga foi no período de maio de 2018 a junho de 2019.
A contaminação da fruta ocorre quando ela é perfurada e dentro são colocados ovos da mosca.
No local da perfuração é formado um buraco onde se dá o apodrecimento.
As larvas da mosca destroem a polpa das frutas, tornando inapropriada para o consumo.
A praga causa danos não apenas na carambola, mas também em outras frutas de grande valor econômico como goiaba, caju, manga, taperebá, acerola, muruci, tangerina e pitanga, entre outras.
Além disso, a presença da mosca da carambola costuma causar impacto socioeconômico e ambiental, como o aumento de custos e redução na produção, contaminação ambiental e de alimentos pelo aumento na aplicação de agrotóxicos, restrições à exportação de frutas e também aumento dos gastos com controle fitossanitário caso se espalhe por outras regiões.
Segundo a portaria publicada ontem, a quarentena seguirá por tempo indeterminado, “desde que não ocorra alteração de status fitossanitário e sejam observadas as exigências legais para sua manutenção.”