A Polícia Civil de Roraima (PC-RR) confirmou, durante coletiva na tarde desta segunda-feira, 30, que o ex-senador Telmário Mota, acusado de mandar matar a mãe da filha dele, está foragido.
Além de Telmário Mota, o sobrinho dele, Harrison Nei Correa Mota, acusado de organizar a logística do crime, também está foragido da Justiça.
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Durante a operação deflagrada na manhã desta segunda-feira, 30, a Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na Zona Rural de Boa Vista, em Caracaraí e em Brasília, onde Telmário estaria escondido.
Os policiais prenderam apenas Leandro Luz, em Caracaraí, ao Sul de Roraima. Ele foi apontado como a pessoa quem atirou na vítima.
Motivação do crime
Segundo o delegado geral de Homicídios, João Evangelista, uma das linhas de investigação para a motivação do crime seria “queima de arquivo”.
“O crime ocorreu as vésperas de um depoimento que Antônia iria prestar à Justiça, num processo em que Telmário Mota é acusado de assédio contra a própria filha. As investigações apontam forte ligação com o acusado”, disse.
O delegado informou, ainda, que uma ex-assessora de Telmário Mota teve a prisão preventiva decretada e segue usando tornozeleira eletrônica por ter entregue uma motocicleta à dupla para praticar o crime.
A Polícia Civil de Roraima (PC-RR) continua as investigações na tentativa de localizar e prender Telmário Mota e o sobrinho dele.
Relembre o caso
Do dia 29 de setembro deste ano, Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, foi morta com um tiro na cabeça, na calçada da casa dela, situada no bairro Pintolândia, zona Oeste de Boa Vista.
Dois homens chegaram em uma motocicleta e um deles chamou seu nome e em seguida atirou na cabeça da mulher. Antônia não resistiu e morreu no local.
A vítima e Telmário Mota têm uma filha de 18 anos. Em 2022, a jovem denunciou o pai por assédio.
Conforme a denúncia, ele tentou assediá-la durante a comemoração do Dia dos Pais.
‘Não mandei matar’, disse Telmário Mota
Em um vídeo publicado no dia 19 de outubro, o ex-senador de Roraima disse não ter envolvimento com a morte da vítima e que cabia à Polícia Civil descobrir o mandante do crime.
“Eu não matei Antônia, não mandei matar, não sei quem matou e nem sei se alguém mandou matar. Cabe à Polícia descobrir. A nossa Polícia Civil tem um excelente quadro humano, porém está desaparelhada […] Eu não vou aceitar essa tragédia na minha vida não”, declarou.
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