Corte de 3 samaúmas repercute de forma negativa em Roraima

O possível corte de três samaúmas no bairro Asa Branca, zona Oeste da capital, virou polêmica nas redes sociais nesta semana em Boa Vista, capital de Roraima.

Isso, porque os proprietários do terreno receberam autorização da Prefeitura de Boa Vista para que pudessem cortar as árvores com mais de 50 anos.

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Segundo informações, os proprietários alegaram que um possível acidente grave poderia ocorrer, caso os galhos da samaúma caíssem nas residências ao redor.

Inicialmente a autorização foi negada. Mas, em uma segunda tentativa, e com apresentação de um laudo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Roraima (CREA-RR), o município resolveu conceder a autorização.

Sociedade reage contra derrubada de samaúmas

Em vídeos divulgados nas redes sociais, moradores e ambientalistas pediram para que a derrubada das sumaúmas fosse suspensa e que outras medidas fossem tomadas.

Samaúma faz bastante sombra na rua do Asa Branca – Foto: Taigo Araújo

O ambientalista Jaime Brasil cita que próximo das samaúmas existe um igarapé, o que tornaria a região uma área de proteção ambiental.

“O que se tem visto na cidade é a supressão da vegetação. Não só no centro, mas também nos bairros mais afastados. Com relação aos galhos, uma simples poda poderia resolver o problema”, enfatizou.

Morador plantou sumaúmas há 50 anos atrás

O morador da região, Francisco dos Santos, de 78 anos, afirma que plantou as árvores há cerca de 50 anos e lamentou a situação.

“O corte dessas árvores depende do proprietário do terreno. Essas árvores são boas para a gente, traz sombra pra nossas casas. Tem 50 anos que plantei elas e agora querem destruí-las”, disse.

O que diz a Prefeitura sobre o corte das árvores

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a responsabilidade por podar ou cortar as árvores em áreas privadas é exclusiva do proprietário, mas que a Prefeitura de Boa Vista precisa levar em consideração a segurança dos munícipes.

A Prefeitura reforçou ainda que o proprietário apresentou ao município uma análise técnica detalhada e conseguiu Anotação de Responsabilidade Técnica do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia-RR (Crea), juntamente com um laudo pericial que avaliou o grau de comprometimento de risco à vida humana e patrimonial.

*Com colaboração de Taigo Araújo