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“Já se esperava que o inferno continuasse”, diz padre de Roraima sobre reeleição de Maduro na Venezuela

O Brasil se tornou o terceiro principal destino dos migrantes venezuelanos na América Latina, com uma população de mais de 500 mil pessoas - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A reeleição de Nicolás Maduro para mais seis anos de governo anda gerando medo entre os venezuelanos. O resultado das eleições foi divulgado nesta segunda-feira (29).

Voluntários em Pacaraima (RR), porta de entrada para quem foge da crise social e econômica na Venezuela, também expressaram apreensão.

O padre Jesus de Bobadilla, da pastoral do migrante da Igreja Católica, lidera vários projetos sociais e comentou que a segunda-feira (29) foi de “assimilação” para os venezuelanos. “Mas já se esperava que o inferno continuasse”, disse ele.

O padre afirma que o Brasil tem desempenhado um bom papel por meio da operação Acolhida, do governo federal. No entanto, ele prevê um agravamento da situação. “Esperamos uma autêntica debandada de pessoas fugindo da Venezuela”, relatou.

“A perspectiva é que, se até agora eram centenas por dia, agora podem ser milhares. A esperança foi vilmente aniquilada”, completou o padre.

Os venezuelanos que moram em Pacaraima viveram uma segunda-feira marcada por sentimentos de “tristeza, medo e silêncio”.

De acordo com informações do G1, o número de venezuelanos que entrou no Brasil em 2023 chegou a marca de 192.021 pessoas.

Em 2017 o governo federal passou o monitorar o fluxo migratório, e desde então registrou a entrada de 1.028.634 de venezuelanos no país. O Estado é a principal porta de entrada da Venezuela para o Brasil.

Nesta terça (30) milhares de venezuelanos foram as ruas em protesto ao resultado das urnas, que vem sendo contestada pela oposição e alguns países.

“Aos domingos celebro missa com mais de 200 venezuelanos. Não vai ser fácil ressuscitar a esperança que acaba de ser assassinada”, lamentou.

Fonte: UOL.

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