O jornalista Alex Braga, apresentador do programa Sem Mordaça, da Band, diz que sofreu ameaça de morte na última sexta-feira, 23. Em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, 29, o jornalista acusou o dono da empresa Roraima Veículos, conhecido como Caboco Deivyd.

O caso aconteceu no Hall de um hotel no bairro da Ponta Negra, em Manaus. Deivyd, em conversa com Alex, disse os horários da rotina do apresentador, contou que em Manaus existem pessoas para “Fazer” o jornalista.

Além disso, o empresário disse que se o jornalista morasse em Roraima, dentro de seis dias ele estaria “Feito”. A coletiva de imprensa aconteceu em Roraima nesta quinta-feira, 29. Na ocasião, Alex Braga explicou que o termo “fazer” é uma gíria para matar.

“Ele usou o termo ‘fazer’ para se referir a matar.  Ele disse, Alex, têm pessoas aqui em Manaus para te fazer.  Quando falava que tinha pessoas para me fazer, mostrou que conhecia minha rotina, que conhecia o horário que meu segurança me deixava no hotel, o horário que o meu segurança ia me buscar. Então ele mostrou uma habilidade com a minha rotina.”

Alex Braga

O jornalista contou que acredita que o motivo para essa perseguição seria sobre as matérias de denúncias que ele expõe no programa Sem Mordaça.

“Eu acredito que o Grupo Norte de Comunicação, aqui no estado de Roraima, tem sido muito importante fazendo jornalismo por combate à corrupção. Prova disso são esses contratos milionários, contratos que a justiça diz que foram contratos regulares e esse combate à corrupção que nós fazemos está incomodando os corruptos.”

Alex Braga

Ainda na conversa que Alex teve com o homem que o ameaçou de morte, ele citou nomes de outros empresários de Roraima e de uma funcionária pública de alto escalão do governo.

“Ele cita o nome, ele cita o nome do Roger Pimentel, que nós que fizemos a denúncia, que a Polícia Federal prendeu. Ele citou um assessor da secretária de Saúde de Roraima, Cecília Lorenzon, que também foi preso. Porém, afirmo que não estou culpando ninguém. Ele citou Harisson Moraes da Silva, suspeito de desviar medicamentos destinados ao povo Yanomami”.

Alex Braga

Mesmo com a ameaça de morte, Alex Braga disse na coletiva que não tem medo de ameaça e que confia na justiça.