Roraima ficou no topo dos estados com a maior taxa de feminicídio no ano de 2021. Os dados são do Atlas da Violência, publicação anual do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa foi divulgada recentemente.

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O levantamento apontou ainda que 7,4 mulheres a cada 100 mil, morreram no estado.

Segundo o Ipea, mesmo com uma redução de 41% no número de homicídios femininos no país, Roraima permaneceu com a maior taxa dentre os estados. 

O Atlas da Violência baseia-se principalmente em dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ambos sob gestão do Ministério da Saúde. 

Também são levados em consideração, os mapeamentos demográficos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

Feminicídios estão relacionados com a pandemia e política

Segundo o Atlas da Violência, são listadas três causas para a violência de gênero contra as mulheres. 

Primeiro é a redução significativa do orçamento público para políticas públicas de enfrentamento ao problema no Brasil.

Outro fator seria o radicalismo político, que teria reforçado valores do patriarcado.

E por último, os efeitos causados pela pandemia de Covid-19: restrição do funcionamento dos serviços protetivos, menor controle social devido ao isolamento, aumento dos conflitos associado a uma maior convivência, alta dos divórcios e perda econômica relativa das mulheres na família.

Sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília - Foto: Ipea
Sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília – Foto: Ipea

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