O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, anunciou nesta quarta-feira (22) o auxílio de R$10 milhões aos motoristas afetados pelas inundações no Rio Grande do Sul (RS).

A medida também destinará R$1 milhão à Central Única das Favelas (Cufa), ONG que trabalha como voluntária no estado gaúcho.

“Já tínhamos comunicado códigos promocionais para incentivar doações por meio de Uber Flash e criado um canal para doações ao governo do Rio Grande do Sul diretamente, mas era preciso fazer mais”, disse Khosrowshahi.

A Uber compartilhou a iniciativa após o encontro do CEO com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ministro do Trabalho Luiz Marinho.

Em nota, a empresa destacou outras ações que devem beneficiar a categoria gaúcha como a garantia das categorias Uber Pro e o aumento de ganhos na plataforma.

“Motoristas das cidades afetadas até agora terão a sua categoria Uber Pro de abril garantida neste e no próximo ciclo trimestral”

O valor pago por missões pela Uber cresceu e o número mínimo de viagens diminuiu para os motoristas afetados, disse a plataforma.

Projeto que regula motoristas e plataformas como a Uber

O encontro entre o CEO e Lula acontece em meio a tramitação do projeto de lei que regulamenta o trabalho dos motoristas e as plataformas.

O texto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 4 de março deste ano, prevê uma negativa em relação ao vínculo trabalhista previsto na CLT, confira outros pontos previstos na medida do governo:

  • Sindicato da categoria.  
  • Jornada de trabalho de 8 horas diárias, caso exista um acordo coletivo o trabalho pode de estender por até 12 horas.  
  • Criação da categoria trabalhador autônomo por plataforma. 
  • Hora trabalhada terá valor de R$ 32,09. 
  • O motorista deve saber sobre as regras de oferta das corridas;  
  • O trabalhador vai receber uma remuneração mínima, com acréscimo de valor com as viagens; 
  • O motorista poderá trabalhar em mais de uma empresa; 
  • A partir da 6° hora trabalhada o motorista tem direito ao vale-refeição, serviços médicos e odontológicos.  

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços deve votar o texto até o dia 12 de junho.