A crise entre a Ucrânia e a Rússia ganhou novas proporções nesta semana. Na segunda-feira, 21, Putin reconheceu como independentes as repúblicas separatistas de Luhansk e Donetsk.

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Nesta terça-feira, 22, Biden anunciou sanções que afetam inicialmente o banco VEB e o banco militar russo.

Veja cinco pontos para entender o conflito que preocupa o mundo.

 

1.  Rússia e Ucrânia:

 

A Rússia vem resistindo há tempos aos movimentos da Ucrânia de aproximação com instituições europeias, como a Otan e União Europeia.

A principal demanda de Moscou agora é para que a Ucrânia não se torne membro da Otan, aliança militar que reúne 30 países.

A Ucrânia, que faz fronteira com a União Europeia e a Rússia, é uma ex-república soviética e possui laços culturais com o país russo.

Com invasão da Rússia no país em 2014, as relações acabaram ficando tensas.

Quando os ucranianos depuseram seu presidente pró-Rússia no início de 2014, Moscou anexou a península da Crimeia, no sul da Ucrânia, e apoiou separatistas.

Os rebeldes das regiões separatistas lutam, desde então, contra as forças ucraniana, num conflito que já deixou mais de 14 mil mortos.

 

2. Reconhecimento de áreas rebeldes

 

Na segunda-feira, dia 21, Putin reconheceu como independentes as repúblicas separatistas de Luhansk e Donetsk e isso desrespeitou um acordo de 2015.

O novo decreto de Putin assinado na segunda permite que a Rússia construa bases militares.

Com tropas nessas regiões, o risco de uma guerra se torna maior.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o reconhecimento da independência da Rússia como uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia. 

Já o Ocidente diz que é uma violação do direito internacional.

 

3. O “ataque”

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou na semana passada que a Rússia poderia atacar a Ucrânia nesta semana. Segundo ele, o alvo será a “capital da Ucrânia, Kiev, uma cidade de 2,8 milhões de pessoas inocentes”.
 
Moscou garantiu anteriormente que não há invasão russa.
 
O presidente russo, Vladmir Putin, mandou tropas de “manutenção da paz” para as regiões separatistas da Ucrânia.
 
Um general ucraniano disse que está claro que se trata de tropas normais, não da “Paz”.

A Ucrânia aumentou suas Forças Armadas nos últimos anos, caso a Rússia invada de fato deve enfrentar uma população hostil.

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4. Aliados

 

Os EUA e outros aliados da Otan falaram que estão oferecendo apoio, mas não têm plano de enviar tropas de combate para a Ucrânia.

O apoio é mais em forma de conselheiros, armamentos e hospitais de campanha.

Os países já começaram a impor sanções à Rússia para impedir ou evitar um ataque.

Biden anunciou nesta terça-feira, 22, sanções que afetam inicialmente o banco VEB e o banco militar russo.

“Vou começar a impor sanções em resposta, muito além das medidas que nós e nossos aliados e parceiros implementamos em 2014. E se a Rússia for mais longe com essa invasão, estamos preparados para ir além com as sanções”, discursou.

A partir desta quarta-feira, 23, haverá também sanções financeiras contra a elite russa e seus familiares.

A Alemanha suspendeu a autorização para a operação do gasoduto russo Nord Stream 2.

Os EUA proibiram investimentos, comércio e financiamento americano nas províncias separatistas.

O Reino Unido anunciou sanções a cinco bancos e três cidadãos russos.

 

5. Otan

 

A sigla OTAN significa Organização do Tratado do Atlântico Norte. Trata-se de uma aliança político-militar criada no dia 4 de abril de 1949, durante a Guerra Fria, e que integra países ocidentais e capitalistas, liderados pelos Estados Unidos.

O seu objetivo era inibir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente a União Soviética e seus aliados da Europa oriental.

Passados mais de 50 anos, houve necessidade de redefinir o papel da Otan. Atualmente, o objetivo da aliança é garantir segurança à Europa e América do Norte.

No cenário atual, a OTAN é composta por: Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Grécia, Alemanha, Espanha, Polônia, República Tcheca, Hungria, Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Croácia, Albânia, Turquia e Macedônia

O presidente da Ucrânia pediu para seu país se juntar à Otan, mas não existe possibilidade de que isso ocorra por um bom tempo. Pois, a ideia de que qualquer membro atual da Otan desistiria de sua participação no bloco não é viável.

“Para nós, é absolutamente mandatório garantir que a Ucrânia nunca, jamais se torne um membro da Otan”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov.

Putin disse que, se a Ucrânia entrar na Otan, a aliança pode tentar recapturar a Crimeia.

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