Pesquisadores encontraram vestígios de maconha em artefatos de madeira de 2,5 mil anos atrás, enterrados com pessoas ao longo da Rota da Seda na China.

A revista Science Advances divulgou essa informação, através de estudos feitos em 2019.

Embora a pesquisa tenha revelado plantas e sementes de maconha em outros sítios arqueológicos da mesma região e período, não ficou claro se eram usadas por motivos psicoativos ou rituais.

No entanto, a pesquisa sugere que a maconha foi fumada em atividades religiosas no oeste da China há pelo menos 2.500 anos e que essas plantas produziam altos níveis de compostos psicoativos.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram vasos de madeira escavados de sepulturas no cemitério de Jirzankal, no Planalto do Pamir, oeste da China.

A análise química revelou que nove dos dez vasos armazenavam cannabis e continham THC, responsável pelos efeitos psicoativos da maconha.

De acordo com os pesquisadores, os vasos continham pequenas pedras expostas a grande aquecimento, identificados como recipientes para queimar incenso ou materiais vegetais.

Portanto, a descoberta em Jirzankal forneceu as primeiras evidências diretas de que o homem inalou cannabis queimada para desfrutar de seus efeitos psicoativos.

Maconha no Brasil

O uso de drogas no Brasil começou durante a colonização, quando os portugueses introduziram o consumo de álcool e tabaco entre a população indígena.

Essas foram as primeiras substâncias consumidas. Posteriormente, em 1800, os colonizadores portugueses introduziram a maconha no país.

Os escravos sequestrados da África já estavam familiarizados com o consumo de cannabis e seu uso psicoativo.

Como resultado, em 1830, o Conselho Municipal do Rio de Janeiro proibiu a introdução de cannabis na cidade e puniu o uso da substância pelos escravos.

STF

Nesta quarta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizou o porte de maconha. Os magistrados permitiram portar até 40g.

A medida agora diferenciará o usuário do traficante.

O tema gerou conflito porque, paralelamente à decisão, o Congresso Nacional discute uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza o porte e a posse de qualquer droga.