Salomão Rossy, músico, cantor, compositor e multi-instrumentista amazonense, não atua apenas no cenário musical, mas também no mundo da pesca esportiva.

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Com mais de 50 prêmios conquistados em festivais de música em todo o Brasil, ele é reconhecido como um dos artistas mais premiados no estado do Amazonas.

No entanto, Salomão não se limita a conquistas musicais. O Portal Norte conversou com o artista, que revelou também a paixão pela pesca e os recordes conquistados.

Salomão Rossy cantando é um dos festivais em que esteve concorrendo – Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Para se ter ideia do tamanho da façanha de Salomão, atualmente, ele detém a incrível marca de cinco recordes brasileiros e cinco recordes amazonenses na categoria pesca Absoluto.

Os números são homologados pela Brazilian Game Fish Association (BGFA).

“Esses recordes foram conquistados no decorrer do ano de 2023. Logo no começo do ano eu adquiri a régua da BGFA. É através dessa régua que a gente pode homologar. Representa uma grande conquista. Primeiro, que estamos aqui fazendo uma pescaria com recordes próximas à cidade de Manaus. Isso significa que Manaus pode se tornar um grande polo em pesca esportiva, porque tem muitos peixes exóticos próximo da cidade. É um prêmio para a cidade e, para mim, como guia, estou aqui dando a prova de que do outro lado, atravessando o rio, existem grandes recordes”, disse Salomão.

Rossy explica que o caminho para se tornar destaque na pesca esportiva está ligado diretamente à paixão pelo Rio Solimões.

Atuando como guia de pesca há 13 anos, ele teve a oportunidade de estar em contato constante com os peixes da Amazônia.

“Isso é fruto de muito trabalho, pois estou operando como guia de pesca há 13 anos e, através dessa experiência, tenho a oportunidade de estar sempre em contato com os grandes peixes da Amazônia”, disse Salomão.

Ele explica que todos os recordes conquistados aconteceram nas águas do Rio Solimões, perto do Furo do Paracuúba.

“No Rio Solimões, próximo à cidade de Manaus, atravessando para o outro lado da Panair, tem o furo do Paracuúba, que é um atalho do rio Solimões para o Rio Negro. É uma área que tem muitos peixes porque tem os lagos do Janauari e a ilha da Marchantaria. Então os peixes fazem a sua migração e a sua moradia nessa região porque eles transitam do rio para o lago”, ressalta.

O artista citou um dos maiores peixes que já pescou nas águas do Rio Solimões.

Já pesquei a Piramutaba, o Armau Tigre, a Dourada zebra, o Surubim Embaúba e a Pirapitinga. O maior peixe que eu já peguei nessa região eu ainda não homologuei o recorde, porque já tem o recorde dele brasileiro, que é o Jaú e a Pirarara. A Pirarara peguei no ano passado, de 1,42m. Ela empataria no recorde nacional com um cara que pegou no Xingu, na área indígena, porém, eu não estava com a régua oficial e não homologuei. E o Jaú peguei também no ano passado, um de 70 kg, esse era muito grande, mas já tem recorde maior que ele”, revelou.

Além de praticar a pesca esportiva, Salomão também atua no setor como empresário do ecoturismo.

É dele a tarefa de organizar expedições com amantes da modalidade em diferentes rios da região.

Incentivo

Além de desempenhar atividades como pescador e músico, Salomão Rossy vem incentivando a promoção da cultura da pesca esportiva em cidades do Amazonas, incluindo Coari, Nhamundá, Caapiranga e Maués.

Ele diz que é frequentemente convidado pelas prefeituras do interior para compartilhar a experiência na área e incentivar a prática da pesca esportiva.

Segundo Rossy, a pesca esportiva não é apenas uma atividade emocionante, mas também uma fonte significativa de receita para a região.

“O Amazonas tem por direito, diversidade e dimensão, se tornar o maior polo em pesca esportiva no mundo. Já passa da hora de organizarmos esse viés econômico, de fundamental importância para a nossa região”, afirma Rossy.

Ele também destaca que as políticas públicas relacionadas ao setor estão ganhando força, como a recente lei de proteção ao tucunaré em Manaus.

“Com essa lei, conseguiram delimitar as três maiores espécies de tucunarés, que é o tucunaré-açu, o tucunaré pinima e o tucunaré vasoleri. Esses três tucunarés não se podem transportar. Ou seja, a comunidade pode comer, mas não se pode trazer para feiras, mercados e restaurantes. Com isso, a gente consegue ter uma maior população de tucunaré, principalmente os grandes. Os tucunarés grandes são chamados de matrizes, carregam o DNA dos maiores”, explicou.

Pesca e música

Perguntamos de Salomão Rossy se a atividade na pesca esportiva já rendeu composições, melodias. Afinal, o talento nas notas musicais também acompanha Salomão há 28 anos.

De acordo com ele, a natureza é uma fonte de inspiração para as suas composições, o que o faz estar conectado com a natura.

“Receber aquela luz e a paz da natureza, você observa o canto dos pássaros, as praias, a cor da água cristalina, os animais da floresta à beira do rio, os peixes no rio… Tudo isso é fonte de inspiração e melodia. Com certeza, estou sempre ligado à natureza e se não fosse por ela, não estaria tão inspirado nas minhas composições. A natureza é um aspecto fundamental de inspiração para mim, seja como cantor, compositor, instrumentista e, principalmente, como amazônida que sou”, concluiu.

Veja vídeo de Salomão Rossy durante pesca esportiva

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