São Roque nasceu em Montpellier, atual França, provavelmente em 1295, as hagiologias, estudos sobre santos do cristianismo, indicam que ele era de família rica.

– Envie esta notícia no seu WhatsApp

– Envie esta notícia no seu Telegram

De acordo com escritor e pesquisador J. Alves, membro da Academia Brasileira de Hagiologia e autor de Os Santos de Cada Dia (Paulinas), uma reviravolta teria feito de Roque um peregrino pronto para assistir aos doentes durante a peste negra na Europa.

“De família política e economicamente influente, ele teria estudado Medicina e perdeu os pais quando tinha uns 20 anos de idade”, narra o livro.  

Após a morte dos seus pais, Roque vendeu tudo o que herdara e distribuiu o dinheiro aos pobres.

“Roque vestiu o hábito dos franciscanos da Ordem Terceira de São Francisco e partiu em peregrinação para Roma, a fim de visitar os santuários.”

Marca da santidade

Segundo o Padre da Paróquia de São Roque da cidade de Taquarituba, no interior de São Paulo, Eugênio Ferreira de Lima, Roque tinha uma marca de nascença que indicaria sua santidade.

“Quando ele nasceu, tinha uma marca no peito, uma mancha avermelhada em forma de cruz. E isso deixou as pessoas muito impressionadas”, disse. 

Peregrino

Quando se viu órfão e partiu a Roma, Roque se deparou com uma Europa profundamente afetada pela epidemia de peste bubônica. E este não era o único problema.

Alves ressalta que aquele período era “uma época conturbada na Igreja”. Em um “contexto histórico turbulento”, havia “intrigas político-religiosas” por toda a parte.

Era o cenário que acabaria desencadeando, entre 1378 e 1417, o chamado Grande Cisma do Ocidente, quando coexistiram dois papas, o de Roma e o antipapa em Avinhão, na França.

Nesse contexto, “agravado pela peste negra que grassava por toda a Europa”, como frisa Alves, “São Roque viveu a sua fé na radicalidade da pobreza evangélica”.

Cuidando dos dentes 

Conta-se que, no caminho até Roma, Roque teria cuidado de diversos doentes. Usava um bisturi e seus conhecimentos de Medicina. Ele passou um bom tempo em Acquapendente, na região de Viterbo, não longe de Roma.

Mas também há relatos de que teria visitado cidades como Cesena, Mântua, Modena e Parma.

As hagiologias indicam que ele se dirigia a locais onde aumentava o foco da peste, voluntariando-se para a linha de frente.

O escritor afirma que, “ao longo de sua viagem, ele viu que a população estava sendo dizimada pela peste negra, e a muitos curou.”

Em Roma, teria visitado principalmente os túmulos dos primeiros apóstolos.

Algumas biografias dizem que ele teria ficado três anos na cidade, rezando diariamente em frente à sepultura de São Pedro e cuidando dos doentes.

Ele ficou doente

Na volta para casa, contudo, foi a vez do santo ser acometido pela peste. E aí começou a fase de sua vida que foi eternizada no imaginário sacro, resultando na representação conferida a São Roque nos altares.

________________________________________

 

 

ACESSE TAMBÉM MAIS LIDAS

 

 

image

 
 

image

 
 

image

 

image

 
 

image