A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Roraima confirmou o segundo caso de febre amarela silvestre em 2024. O paciente, um adolescente de 13 anos, é originário da Guiana. A divulgação ocorreu em 14 de outubro.

O adolescente, que vive na comunidade de Awarewanau Village, na Guiana, começou a apresentar sintomas da febre amarela em 30 de setembro. Ele foi transferido do Hospital de Lethem para o Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista.

O Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima (Lacen-RR) confirmou o diagnóstico da doença no dia 11 de outubro. Atualmente, o paciente está em tratamento no HGR e responde bem aos cuidados médicos, sendo monitorado pela equipe de infectologia.

Este é o segundo caso de febre amarela silvestre em Roraima em 2024. O primeiro ocorreu em março, quando um jovem de 17 anos, também da região próxima à cidade de Lethem, foi diagnosticado com a doença.

Ele recebeu tratamento no HGR e se recuperou completamente após seguir todos os protocolos estabelecidos pela Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS).

As autoridades de Roraima planejam se reunir com equipes do município de Bonfim, que faz fronteira com a Guiana, e com representantes do país vizinho, para discutir medidas de controle e prevenção da febre amarela.

O que é febre amarela?

A febre amarela é uma doença infecciosa grave e de evolução rápida. Causada por um vírus transmitido por mosquitos, ela tem dois ciclos de transmissão: o urbano e o silvestre.

No ciclo silvestre, mosquitos como os dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus.

Primatas não humanos (PNHs) são os principais hospedeiros do vírus no ciclo silvestre, mas também são vítimas da febre amarela. Os humanos, nesse ciclo, são considerados hospedeiros acidentais.

Como proceder diante de suspeitas da doença?

A febre amarela é uma doença de notificação compulsória imediata. Isso significa que qualquer suspeita de caso humano ou morte de primatas deve ser comunicada às autoridades competentes em até 24 horas.

Os estados devem, então, notificar o Ministério da Saúde sobre os casos suspeitos.