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Gisele Bündchen grávida: riscos da gestação após os 40 anos

Gisele está grávida e idade vira pauta - Foto: Reprodução/Instagram

Gisele está grávida e idade vira pauta - Foto: Reprodução/Instagram

Aos 40 anos, muitas mulheres decidem se tornar mães, enfrentando as oportunidades e os desafios que uma gravidez em idade avançada pode trazer. Esse fenômeno tem se tornado cada vez mais comum, como no caso da supermodelo Gisele Bündchen, que tem 44 anos.

Ao considerar a possibilidade de engravidar após os 40 anos, é essencial entender os principais riscos e as estratégias para manter uma gestação segura.

A decisão de ter filhos mais tarde é muitas vezes motivada por razões profissionais e pessoais. No entanto, é importante destacar que, para mulheres grávidas a partir dos 35 anos, a gestação já é considerada de risco, e essa preocupação aumenta conforme a idade avança.

A ginecologista e obstetra Ana Paula Beck, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que uma gravidez aos 40 anos ainda pode ser relativamente tranquila, mas a partir dos 45, os desafios tendem a se multiplicar.

A concepção e os riscos para mulheres grávidas após os 40 anos

O primeiro desafio está relacionado à própria concepção. Com o envelhecimento, os óvulos femininos também envelhecem, aumentando o risco de abortos espontâneos e de que o bebê tenha alguma alteração genética, como a síndrome de Down.

Segundo Ana Paula, a chance de uma mulher na faixa dos 20 anos ter um bebê com essa condição genética é de 1 em 10 mil; já aos 40 anos, essa proporção sobe para 1 a cada 100 gestações.

Para lidar com esse risco, algumas mulheres optam por congelar óvulos enquanto ainda são jovens, garantindo que estejam em melhores condições caso decidam engravidar mais tarde.

No Brasil, esse método vem ganhando popularidade, mas é um procedimento com custo elevado, podendo chegar a R$ 30 mil. Por essa razão, mulheres que planejam ser grávidas em idade avançada são aconselhadas a procurar acompanhamento médico assim que iniciarem seus planos de maternidade.

O médico Eduardo Cordioli, especialista em partos de risco, também recomenda um planejamento cuidadoso e consultas pré-concepcionais para mulheres mais velhas. De acordo com ele, muitas mulheres conseguem engravidar naturalmente, desde que estejam preparadas e sigam os cuidados recomendados.

Riscos durante a gestação para grávidas acima dos 40 anos

Além dos desafios iniciais para conceber, a gravidez tardia apresenta outros riscos ao longo da gestação. A idade pode interferir na capacidade do útero de “segurar” o feto, uma vez que esse órgão muscular enfrenta dificuldades naturais relacionadas ao envelhecimento.

O fluxo sanguíneo para a região também pode ser reduzido, aumentando o risco de má oxigenação para o bebê. Problemas de saúde como diabetes gestacional e hipertensão são mais frequentes entre grávidas com idade avançada.

Esses problemas estão associados a uma série de complicações, incluindo pré-eclâmpsia, partos prematuros e, em alguns casos, comprometimento no crescimento do bebê. Por isso, o pré-natal assume uma importância crucial para monitorar e prevenir possíveis complicações.

Em casos de gestação tardia, médicos costumam intensificar as consultas e os exames, a fim de monitorar de perto a evolução do quadro clínico da mãe e do bebê. Conforme a idade, o cálculo do risco para a gravidez muda e o médico ajusta o padrão de acompanhamento.

Cuidados e hábitos recomendados para uma gravidez segura

Embora os riscos aumentem, muitas mulheres conseguem ter uma gestação saudável ao adotar hábitos benéficos para sua saúde e para o bebê.

Mulheres que planejam ser grávidas em idade avançada iniciem um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e abstinência de álcool e cigarro.

Esses hábitos não apenas aumentam as chances de concepção, mas também ajudam a reduzir os riscos durante a gravidez.

A suplementação de nutrientes como ácido fólico, cálcio e vitaminas também pode ser indicada, e, em casos específicos, medicamentos para controlar a pressão arterial e outros distúrbios podem ser recomendados para garantir a saúde da gestante e do bebê.

Após o nascimento, o cuidado continua. A obstetrícia moderna introduziu o conceito de “quarto trimestre”, os três meses que sucedem o parto, período em que a atenção com a saúde da mãe e do bebê permanece crucial.

O apoio médico e o planejamento são fundamentais

Para mulheres acima dos 40 anos que desejam ser mães, o planejamento é essencial para reduzir os riscos e aumentar as chances de uma gestação tranquila. Esse processo envolve tanto o cuidado prévio quanto o acompanhamento médico constante durante a gravidez e o pós-parto.

Por mais que uma gravidez aos 40 represente desafios adicionais, é possível viver essa fase de forma saudável e segura com o devido suporte médico e o compromisso com hábitos de vida saudáveis.

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